FC Porto despacha V. Setúbal a pensar no clássico

Em risco de falhar a recepção ao Benfica, o trio Corona, Alex Telles e Soares fintou os amarelos, exibindo veia goleadora. Díaz fechou as contas com a terceira goleada da época por 4-0.

Foto
LUSA/MARIO CRUZ

O FC Porto recuperou a serenidade, vencendo tranquilamente e cumprindo uma velha tradição, ao aplicar — pela terceira vez esta época —  chapa quatro ao Vitória sadino (0-4), desta feita na deslocação a Setúbal, referente à 19.ª jornada da Liga.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O FC Porto recuperou a serenidade, vencendo tranquilamente e cumprindo uma velha tradição, ao aplicar — pela terceira vez esta época —  chapa quatro ao Vitória sadino (0-4), desta feita na deslocação a Setúbal, referente à 19.ª jornada da Liga.

Num momento delicado, depois da derrota na Taça da Liga e da reacção em esforço frente ao Gil Vicente — sempre com o Benfica a esticar a corda da liderança até ao ponto de não retorno —, o FC Porto acabou por resolver o compromisso que antecede a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e, mais importante, a recepção ao Benfica, decisiva para a atribuição do título. 

E fê-lo de forma absolutamente pacífica, repondo, sem sobressaltos e sem sofrer qualquer golo (depois de uma série de oito encontros a ter que ir ao fundo das redes), a diferença de sete pontos para o líder. 

Aliás, cedo se percebeu que o FC Porto encontrou a paz de espírito necessária para transformar uma equipa abalada pelas duas derrotas com o Sp. Braga num conjunto capaz de recuperar o seu melhor futebol.

Em risco de exclusão do clássico, Corona, Alex Telles e Soares não se deixaram afectar, tendo estado em plano de destaque, fintando os constrangimentos disciplinares para assinarem os três primeiros golos dos “dragões” frente a um Vitória paralisado e inofensivo, incapaz de fazer um remate enquadrado em toda a primeira parte. 

Já o FC Porto, com Marega e Romário Baró no banco de suplentes, apresentou-se com duas novidades no “onze” inicial: Sérgio Conceição recuperou Otávio (após ter cumprido um jogo de suspensão) e apostou ainda em Luis Díaz, dois elementos importantes para desposicionarem a defesa vitoriana. O treinador portista colocou Corona no apoio directo a Soares, acabando por surpreender Julio Velázquez. Este desenho baralhou a percepção dos jogadores sadinos, propiciando uma entrada positiva dos “dragões”, que nos primeiros minutos revelaram grande agilidade nas movimentações ofensivas e criaram sucessivos lances de perigo. Apesar de tudo, faltava definir melhor o momento de dar a estocada, com Otávio e Soares a adiarem o golo inaugural.

Aproveitaram os sadinos para ir entrando no jogo, embora sem qualquer espécie de ambição ou acção capaz de criar dificuldades a um adversário que acabou por desbloquear o encontro na sequência de mais um lance de bola parada. Após livre de Sérgio Oliveira, Corona aproveitou uma segunda bola para rematar de pronto, batendo Makaridze.

O tempo que mediou entre o primeiro e o segundo golos foi dedicado quase exclusivamente à intervenção do VAR, que considerou “inócuo” e sem qualquer interferência na acção do guarda-redes o posicionamento de Mbemba. A confirmação superior chegava ainda antes do descanso, numa arrancada fulminante de Alex Telles, em novo livre de Sérgio Oliveira, que o brasileiro finalizou de forma irrepreensível.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO

Com o jogo bem encaminhado, o FC Porto surgiu implacável no início da segunda parte, com Soares a não perdoar uma intercepção falhada de Artur Jorge, que traiu a reacção de Makaridze. O brasileiro foi mais rápido e arrumou em definitivo a questão, deixando ainda margem de manobra ao treinador para começar a gerir a vantagem já a pensar no clássico com o rival da Luz, substituindo os três jogadores que estavam em risco de exclusão. 

O V. Setúbal ainda extraiu o melhor de Marchesín em dois momentos, já ao cair do pano. Mas o argentino do FC Porto não permitiu quaisquer veleidades, acabando Otávio a ameaçar com um disparo à barra antes de Luis Díaz encerrar a contenda, repetindo-se a goleada da primeira volta e dos 16 avos-de-final da Taça.