Poucas mulheres nas listas do novo líder do CDS

Francisco Rodrigo dos Santos afirma que as listas “foram compostas mediante critérios de perfil para o exercício das funções”, e que esta “era a melhor equipa”.

Foto
Paulo Pimenta

Francisco Rodrigues dos Santos, o novo líder do CDS-PP, escolheu poucas mulheres para as listas que apresentou para órgãos do partido, não havendo nenhuma entre os sete vice-presidentes e apenas seis entre os 59 membros da comissão política nacional.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Francisco Rodrigues dos Santos, o novo líder do CDS-PP, escolheu poucas mulheres para as listas que apresentou para órgãos do partido, não havendo nenhuma entre os sete vice-presidentes e apenas seis entre os 59 membros da comissão política nacional.

Neste último órgão, a primeira mulher surge, aliás, em 12.º lugar. No conselho nacional, é, todavia, uma mulher que encabeça a lista, embora no total dos 70 membros, haja apenas 18 elementos do sexo feminino (25%), longe da paridade.

O conselho nacional de fiscalização (sete membros) integra apenas uma mulher (em 4.º lugar), o mesmo acontecendo com a comissão nacional de jurisdição (sete membros, uma mulher em 3.º lugar).

Dos oitos integrantes da mesa do congresso, três são mulheres e dos sete da mesa do conselho nacional, há duas, a primeira das quais em 5.º lugar.

Na direcção cessante de Assunção Cristas, havia uma mulher entre os seis vice-presidentes (Cecília Meireles). A comissão executiva, da estrita escolha do líder, era rigorosamente paritária: oito membros, quatro mulheres.

Solicitado a comentar o assunto, Francisco Rodrigo dos Santos afirmou que as listas “foram compostas mediante critérios de perfil para o exercício das funções”, acrescentando que esta “era a melhor equipa”.