Sp. Braga impõe primeiro desaire portista no Dragão

Minhotos marcaram em dois cantos e somaram a terceira vitória consecutiva. Alex Telles e Soares falharam dois penáltis.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

O Sp. Braga quebrou, no Dragão, um jejum de vitórias que durava há 15 anos, impondo a primeira derrota caseira da Liga ao FC Porto (1-2), num jogo em que a equipa de Sérgio Conceição desperdiçou duas grandes penalidades — a terminar a primeira parte e praticamente a abrir a segunda metade — e comprometeu, a terminar a primeira volta, as aspirações relativamente ao título, ficando a sete pontos da liderança.

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O Sp. Braga quebrou, no Dragão, um jejum de vitórias que durava há 15 anos, impondo a primeira derrota caseira da Liga ao FC Porto (1-2), num jogo em que a equipa de Sérgio Conceição desperdiçou duas grandes penalidades — a terminar a primeira parte e praticamente a abrir a segunda metade — e comprometeu, a terminar a primeira volta, as aspirações relativamente ao título, ficando a sete pontos da liderança.

A equipa orientada por Rúben Amorim somou, com dois golos na sequência de dois cantos, a terceira vitória consecutiva, consolidando a quinta posição, já a preparar o ataque a Sporting e Famalicão. 

O FC Porto começava o encontro praticamente a ter que recuperar da desvantagem de um golo que injectou enorme confiança no jogo do adversário. De uma forma simples e eficaz, o Sp. Braga batia pela primeira vez os portistas para a Liga, no Dragão, anunciando uma noite de grande concentração, solidariedade e acerto. A equipa da casa provava do próprio veneno e sofria um golo de canto (uma das imagens de marca deste FC Porto), com Danilo a aliviar mal um remate de Trincão e Fransérgio a aproveitar a segunda bola para marcar. 

Danilo teve, de resto, dupla responsabilidade no golo, já que o canto nasce de um alívio in extremis de Marcano depois de um atraso comprometedor do internacional português. O golo ainda obrigou a intervenção do VAR depois de o árbitro assistente ter dado indicação de fora-de-jogo de Raúl Silva. As imagens acabaram por mostrar que o central brasileiro não interferiu na jogada, com a acção de Marchesín a não sofrer qualquer perturbação. 

Perante este novo dado, ao FC Porto competia intensificar os raides no ataque à baliza minhota, com Manafá a assumir a sua faceta mais ofensiva e a criar desequilíbrios. Com Otávio e Corona permanentemente a solicitarem a profundidade de Marega e Soares, os “dragões” obrigavam o Sp. Braga a recuar e a transformar a defesa de três centrais numa linha de cinco. O FC Porto insistia, tendo estado na iminência de empatar, por Marcano, aos 11’. Mas o cabeceamento do espanhol “pingou” na barra do guarda-redes brasileiro Matheus, que rapidamente teve que assumir-se como um dos protagonistas, tendo mesmo defendido o primeiro penálti, de Alex Telles, com o pé esquerdo, a um minuto do descanso. 

Para a segunda parte, Rúben Amorim poupava o “amarelado” Raúl Silva para apostar no estreante David Carmo, jovem campeão europeu Sub-19, na Finlândia, promovido da equipa B e dos Sub-23 do clube. O central acabaria, contudo, por destacar-se pelos piores motivos, cometendo novo penálti ao atingir Otávio. Mas, mais uma vez, o FC Porto não aproveitava e Soares atirava ao poste (56’), mantendo a equipa da casa sob pressão. 

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Apesar da fatalidade do avançado portista na marca dos 11 metros, Soares haveria de marcar poucos minutos volvidos, concluindo um lance de Marega. O Sp. Braga acusava o golpe e, depois de uma primeira parte em que mostrou capacidade para manter o FC Porto em sentido, acusou em demasia a pressão exercida pela equipa da casa. 

Ainda antes do golo do empate, Rúben Amorim tinha trocado Wilson Eduardo por Ricardo Horta, reagindo rapidamente com a entrada de Galeno para a vaga de Trincão. O jovem brasileiro acabaria por criar problemas a Manafá e Mbemba e o Sp. Braga colheria, pouco depois, numa transição rápida de Ricardo Horta, os frutos da aposta. Paulinho falhava por pouco o golo, mas redimia-se de seguida, ao cabecear ao primeiro poste, após um canto, e a mergulhar o FC Porto num mar de dúvidas que nem Luis Díaz e Aboubakar ajudaram a ultrapassar.