Chuva provoca inundações na Póvoa de Varzim. Condições vão agravar-se

Frente fria tem provocado precipitação intensa, sobretudo a Norte. Situação vai estender-se a todo o continente até ao início da tarde de segunda-feira.

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A chuva intensa que tem caído na manhã deste domingo um pouco por todo o litoral do Norte do país provocou inundações em vários locais da Póvoa de Varzim, obrigando à intervenção dos meios da Protecção Civil. As condições meteorológicas vão agravar-se ao longo da tarde e estender-se até ao Sul do país na segunda-feira.

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A chuva intensa que tem caído na manhã deste domingo um pouco por todo o litoral do Norte do país provocou inundações em vários locais da Póvoa de Varzim, obrigando à intervenção dos meios da Protecção Civil. As condições meteorológicas vão agravar-se ao longo da tarde e estender-se até ao Sul do país na segunda-feira.

A PSP da Póvoa de Varzim tem sido chamada, ao longo da manhã, “a várias ocorrências, sobretudo ruas inundadas”, informa fonte do comando daquela força policial. Também algumas garagens de prédios de habitação na cidade ficaram inundadas e houve tampas de saneamento levantadas.

À Lusa, os bombeiros da Póvoa de Varzim dizem ter acorrido a 21 inundações, mobilizando 50 efectivos, e falam em “prejuízos avultados” sobretudo em garagens e automóveis. No entanto, ao PÚBLICO, a PSP afirma não ter registo de “quaisquer danos” provocados pelas inundações.

Nas ruas da Póvoa de Varzim há uma equipa da Protecção Civil desde a madrugada, que tem acorrido às situações mais urgentes e que já teve que encerrar diversas artérias ao trânsito, por motivos de segurança, face à acumulação de água das chuvas.

O portal da Autoridade Nacional da Protecção Civil regista sete ocorrências por “inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa” na Póvoa de Varzim, ao longo da manhã deste domingo.

Há também registos de situações semelhantes noutros pontos da região como Braga, Vila Nova de Famalicão, ou mais a Sul em Leça da Palmeira.

Fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) garante não ter tido reporte de qualquer situação anormal na Póvoa de Varzim. No entanto, as condições meteorológicas que fazem-se sentir na manhã deste domingo proporcionam “chuvas em maior quantidade e com mais intensidade em alguns locais”.

Aviso amarelo

As estações do IPMA registaram um pico de precipitação, entre as 6h00 e as 7h00, em Viana do Castelo, cerca de 40 quilómetros a Norte da Póvoa de Varzim. Estes são valores elevados, mas “dentro do normal, no quadro do aviso amarelo”, que está em vigor na manhã de domingo para o Norte e Centro do país.

As condições meteorológicas vão agravar-se durante a tarde. Por causa da previsão de chuva persistente, e por vezes forte, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu vão estar sujeitos ao aviso amarelo devido à chuva prevista até as 16h00 de segunda-feira.

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Os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto e Viana do Castelo vão estar sob aviso laranja entre as 15h00 de domingo e as 06h00 de segunda-feira por causa da agitação marítima.

O aviso laranja é o terceiro, de uma escala de quatro, usado para uma situação meteorológica de risco moderado a elevado, enquanto o aviso amarelo é o segundo menos grave e é emitido quando as condições meteorológicas representam risco para determinadas actividades.

As condições meteorológicas adversas vão estender-se a todo o país, atingindo os distritos do Sul a partir da manhã de segunda-feira e até ao início da tarde desse dia.

ANPC aconselha cuidados

Em comunicado, a ANPC sublinha a previsão de agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, com chuva forte, possibilidade de queda de neve acima dos 1400 metros de altitude, vento forte, com rajadas até 80 quilómetros/hora nas terras altas do Norte e do Centro, aumentando de intensidade na segunda-feira, e ainda agitação marítima na costa ocidental a norte do Cabo Raso, com ondas de cinco a seis metros.

Por isso, aquela entidade recorda a necessidade de estabelecer medidas preventivas, “em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis” e pede aos cidadãos cuidados, nomeadamente que não atravessem zonas inundadas, “de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas”, especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas e junto da orla costeira e zonas ribeirinha. É também limitada a prática de actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar.