Novos blocos de rega valem 235 milhões de investimento

Até 2023 vão ser instalados mais 49.427 hectares de áreas de regadio, distribuídos por 13 novos blocos espalhados um pouco por toda a região Alentejo.

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Até 2023 vão ser instalados mais 49.427 hectares de áreas de regadio Nélson Garrido

Estão em curso as obras de ampliação da rede de rega do Alqueva da 2.ª fase do Programa Nacional de Regadios. Até 2023 vão ser instalados mais 49.427 hectares de áreas de regadio, distribuídos por 13 novos blocos espalhados um pouco por toda a região do Alentejo: sete no distrito de Beja, cinco no de Évora e um no de Setúbal. O projecto é financiado pelo Estado através dos empréstimos negociados com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e com o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), num montante superior a 235 milhões de euros.

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Estão em curso as obras de ampliação da rede de rega do Alqueva da 2.ª fase do Programa Nacional de Regadios. Até 2023 vão ser instalados mais 49.427 hectares de áreas de regadio, distribuídos por 13 novos blocos espalhados um pouco por toda a região do Alentejo: sete no distrito de Beja, cinco no de Évora e um no de Setúbal. O projecto é financiado pelo Estado através dos empréstimos negociados com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e com o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), num montante superior a 235 milhões de euros.

No distrito de Beja vão ser construídos os blocos de rega de Messejana, no concelho de Aljustrel, Cabeça Gorda/Trindade (Beja), Cuba/Odivelas (Cuba), Póvoa de São Miguel/Amarela/Moura (Moura), Marmelar e Vidigueira (Vidigueira) e Vila Nova de São Bento (Serpa).

Mais a norte, no distrito de Évora, vão ser construídos os blocos de rega de Lucefécit/Capelins, no concelho de Alandroal, de Évora, Reguengos de Monsaraz e de Monsaraz e de Viana do Alentejo. Já no litoral alentejano vai ser construído o bloco de rega de Ermidas/Sado, no concelho de Santiago do Cacém.

As obras estão a decorrer, mas boa parte dos futuros blocos de rega já estão ocupados maioritariamente por culturas permanentes. O antigo secretário de Estado Francisco Gomes da Silva advoga medidas que “limitem a área máxima” que pode estar ocupada com culturas permanentes (vinhas, olivais, amendoais, uva de mesa e outros pomares). Esta limitação, assinala, “é a forma mais séria e eficaz de garantir um buffer de segurança em caso de grave insuficiência de disponibilidades de água para rega”.

Tendo em conta as “potenciais limitações evidenciadas em matéria de disponibilidade de água”, a área ocupada por culturas permanentes em Alqueva “pode aproximar-se rapidamente do limiar da insustentabilidade”, alerta o ex-governante, que adverte: “Não podemos olhar para a resolução deste problema ‘impondo’ (através de uma política de tarifários ou de outra forma qualquer) uma ocupação do solo com base apenas nas culturas que consomem menos água por hectare”, como o olival.

O presidente da EDIA apela a uma reflexão sobre o modelo cultural que se pretende para o Alqueva. “Não podemos abastecer de água 170 mil hectares de culturas permanentes”, diz. Reforçando este argumento, Salema sublinha como é decisiva a margem de segurança dos sistemas de rega. “Tem de ser maior porque os períodos de seca são mais intensos e prolongados e levam a mais consumo.”