“É como comprar um Ferrari para usar só no Carnaval”

As três novas barragens do Tâmega representarão 6% da potência instalada em Portugal, mas, segundo os ambientalistas, o país já tem uma capacidade excedentária. Em desacordo, o ex-ministro do Ambiente Nunes Correia lembra que esta energia é “renovável, limpa de CO2 e não obriga à importação de combustíveis”.

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As três barragens que estão a ser construídas no rio Tâmega continuam a dividir opiniões Paulo Pimenta (arquivo)

Não faltou pompa nem circunstância à cerimónia em que a Iberdrola se dispôs, em Fevereiro de 2017, a apresentar publicamente, e pela primeira vez, o Sistema Electroprodutor do Tâmega: 1500 milhões de euros para erguer três barragens hidroeléctricas (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), as quais, com uma potência instalada de 1158 megawatts, representarão 6% da potência instalada em Portugal, ou seja, o equivalente ao consumo de electricidade de 440 mil famílias.

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Não faltou pompa nem circunstância à cerimónia em que a Iberdrola se dispôs, em Fevereiro de 2017, a apresentar publicamente, e pela primeira vez, o Sistema Electroprodutor do Tâmega: 1500 milhões de euros para erguer três barragens hidroeléctricas (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), as quais, com uma potência instalada de 1158 megawatts, representarão 6% da potência instalada em Portugal, ou seja, o equivalente ao consumo de electricidade de 440 mil famílias.