Os traidores desportivos da RDA

Para fugir à perseguição, ao doping, seduzidos por um estilo de vida diferente ou por amor, muitas centenas de atletas desertaram para o ocidente antes da queda do Muro de Berlim. Alguns retomaram a carreira, outros não.

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Wolfgang Schmidt chegou a ser recordista mundial do lançamento do disco Bundesarchiv

Os números são impressionantes. Em 11 edições dos Jogos Olímpicos (cinco de Verão, seis de Inverno), a República Democrática da Alemanha (RDA) conquistou um total de 519 medalhas, um número que, 30 anos depois de ter deixado de existir, ainda lhe dá o 11.º lugar no medalheiro olímpico global. Ainda há três atletas da antiga Alemanha de Leste na lista dos recordes mundiais do atletismo e a RDA ainda é o quinto país com mais títulos mundiais de natação. Durante quatro décadas, a RDA foi uma das maiores potências desportivas do planeta e os seus atletas eram o veículo ideal de propaganda do socialismo. Mas nem todos se sentiam confortáveis com este papel.

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