Hamilton é hexacampeão e está apenas a um degrau do trono de Schumacher na Fórmula 1

Piloto britânico foi segundo no Grande Prémio dos EUA e confirma o sexto título mundial. Está a um de distância do heptacampeão alemão.

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Se o ranking de campeões da Fórmula 1 (F1) for uma corrida virtual, Lewis Hamilton acabou de ultrapassar Juan Manuel Fangio e colou-se às traseiras do líder Michael Schumacher. O segundo lugar obtido este domingo no Grande Prémio (GP) dos EUA, atrás do seu companheiro de equipa Valtteri Bottas, garantiu ao britânico da Mercedes o sexto título (a juntar aos de 2008, 2014, 2015, 2017 e 2018), ficando a apenas um de alcançar o heptacampeão alemão.

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Se o ranking de campeões da Fórmula 1 (F1) for uma corrida virtual, Lewis Hamilton acabou de ultrapassar Juan Manuel Fangio e colou-se às traseiras do líder Michael Schumacher. O segundo lugar obtido este domingo no Grande Prémio (GP) dos EUA, atrás do seu companheiro de equipa Valtteri Bottas, garantiu ao britânico da Mercedes o sexto título (a juntar aos de 2008, 2014, 2015, 2017 e 2018), ficando a apenas um de alcançar o heptacampeão alemão.

Uma façanha que estaria completamente fora dos seus horizontes no Natal de 2004, quando recebeu uma prenda muito especial. No início desse mês de Dezembro, o piloto, então com 19 anos, conduziu pela primeira vez um F1. A convite da McLaren, teve a oportunidade de cumprir 21 voltas na pista britânica de Silverstone. O primeiro de vários testes que o levaram à grelha da competição em 2007.

Semanas antes desse primeiro contacto com o potente monolugar, tinha assistido pela televisão à consagração de um mito da modalidade: Michael Schumacher, que conquistara o sétimo e último título mundial. Passados 15 anos, é Hamilton o grande protagonista da competição e tem o caminho aberto para superar a lenda germânica.

Quando se estreou na F1, o pelotão acabara de perder Schumacher, que anunciara na época anterior o seu (primeiro) abandono da modalidade (regressaria em 2010 para uma passagem mais modesta que duraria até 2012). Poucos apostariam na altura que o extraordinário registo do piloto alemão viesse a ser beliscado. Hamilton provou que era capaz. Já deixou para trás Fangio, qua assinou cinco títulos nos primórdios da competição, entre 1951 e 1957.

Com Schumacher ainda à sua frente em campeonatos conquistados, Hamilton já há muito que lidera o ranking das pole positions, afirmando-se como o melhor piloto de sempre ao nível das qualificação. No total, são 87 poles contra 68 do alemão, que é segundo neste indicador. Tem 83 vitórias em GP, apenas menos oito do que Schumacher, mas com menos 58 corridas disputadas (248 contra 306 do germânico). E também está muito próximo nas subidas ao pódio: 150 contra 155.

Nos EUA, o inglês “voador” não quis adiar mais a questão do título. Depois de uma qualificação modesta para os seus pergaminhos, com o quinto melhor tempo que o fez sair da terceira fila da grelha, Hamilton subiu ao terceiro posto ainda na primeira volta. Na sua frente circulavam Valtteri Bottas e Max Verstappen da Red Bull, que superaram o Ferrari de Sebastian Vettel. O tetracampeão alemão, detentor da pole, iria desistir com problemas na suspensão dianteira.

Hamilton ainda passou pela liderança, aproveitando as trocas de pneus dos seus adversários, mas acabou por ser superado por Bottas já nas derradeiras voltas. O título estava mais do que garantido.

“Não vou parar por aqui. Estou pronto para a próxima”, garantiu Hamilton pouco depois de ultrapassar a badeira xadrez. Com 34 anos, ameaça continuar insaciável para bater mais recordes na Fórmula 1. Está empenhado em ser o melhor de sempre na modalidade, à semelhança de um tal de Cristiano Ronaldo no futebol. Os dois têm apenas um mês de diferença (o português é mais novo) e a reforma ainda não está ainda nos seus horizontes. Os fãs agradecem.