Quando a comida é uma doença, a Internet é um remédio amargo

Há quem escolha as redes sociais para partilhar a sua história com distúrbios alimentares. Pode funcionar como uma terapia. Mas há riscos em desabafar num mundo cheio de opiniões, críticas e trolls.

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Joana Marques é professora de ioga. Criou uma página no Facebook para lidar com perturbações alimentares Rui Gaudêncio

Foi por volta dos 14 anos que Joana Marques começou a luta contra perturbações alimentares. Já adulta, decidiu criar uma página no Facebook para narrar a sua experiência com a bulimia, anorexia e ansiedade. Faz parte de uma comunidade crescente de pessoas que recorre às redes sociais para partilhar a sua luta contra distúrbios relacionados com a alimentação. Mas falar abertamente sobre ter medos, obsessões e rituais em torno de comida atrai todo o tipo de comentários. Joana recorda-se bem de uma das frases que recebeu quando a página começou a ganhar popularidade: “És tão boa, tão boa que mesmo dobrada sobre a sanita a vomitar comia-te toda.”

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Foi por volta dos 14 anos que Joana Marques começou a luta contra perturbações alimentares. Já adulta, decidiu criar uma página no Facebook para narrar a sua experiência com a bulimia, anorexia e ansiedade. Faz parte de uma comunidade crescente de pessoas que recorre às redes sociais para partilhar a sua luta contra distúrbios relacionados com a alimentação. Mas falar abertamente sobre ter medos, obsessões e rituais em torno de comida atrai todo o tipo de comentários. Joana recorda-se bem de uma das frases que recebeu quando a página começou a ganhar popularidade: “És tão boa, tão boa que mesmo dobrada sobre a sanita a vomitar comia-te toda.”