Luís Guimarães sai da administração do Banco Montepio

Anúncio da saída do presidente da comissão de auditoria da instituição financeira foi feito ao mercado hoje, dia em que o PÚBLICO avançou que o gestor estava de saída, em rota de colisão com o presidente Carlos Tavares.

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Carlos Tavares lidera o Banco Montepio (Caixa Económica Montepio Geral) há mais de um ano Fabio Augusto

Luís Guimarães, até agora vogal não executivo do conselho de administração do Banco Montepio e presidente da comissão de auditoria da instituição financeira “apresentou a renúncia” aos dois cargos, foi hoje comunicado ao mercado, através do site da CMVM.

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Luís Guimarães, até agora vogal não executivo do conselho de administração do Banco Montepio e presidente da comissão de auditoria da instituição financeira “apresentou a renúncia” aos dois cargos, foi hoje comunicado ao mercado, através do site da CMVM.

Na curta comunicação, o banco, liderado por Carlos Tavares, “agradece o trabalho desenvolvido e a dedicação do Senhor Doutor Luís Eduardo Henriques Guimarães no cumprimento das funções exercidas nesta Instituição”.

Mas, antes disso, salienta que está “comprometido e determinado na prossecução do Plano de Transformação em curso”, o que, para uma comunicação formal de renúncia de um administrador ao mercado tão curta pode parecer estranho. O ponto é que esta é uma das questões principais que motivaram a saída de Luís Guimarães, como noticiou hoje o PÚBLICO.

No início de Agosto, Luís Guimarães comunicou a Carlos Tavares que se demitia do cargo de presidente da Comissão de Auditoria do Banco Montepio (BM) e, por inerência, ao cargo de administrador não executivo, alegando, entre outros aspectos, falta de condições para exercer a função de forma independente.

Luís Guimarães terá explicado aos restantes membros do conselho de administração, em reunião tida nesta quinta-feira, a decisão de renunciar, em parte, por não se rever no modelo de gestão do actual chairman, nomeadamente por protelar soluções para resolver o tema da Comissão Executiva, que há oito meses tem uma presidente (Dulce Mota) em funções transitórias.