O poeta chegou a cardeal. E o que quer o Papa com esta escolha?

Há duas décadas, Tolentino Mendonça confessava gostar de sentir-se em tensão. Ontem, o Papa Francisco anunciou o seu nome entre 10 novos cardeais. Razões de um percurso e de uma nomeação meteóricos.

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Nuno Ferreira Santos

Na primeira entrevista que concedeu ao PÚBLICO, em Setembro de 1998, José Tolentino Mendonça falava da sua poesia e respondia à pergunta sobre se estávamos perante um padre que se tornara poeta ou perante um poeta que por acaso era padre. Respondendo que preferia não o saber bem, acrescentava: “Gosto dessa circularidade, de manter essa pergunta. Gosto de viver oscilando, muitas vezes, nessa pergunta. Gosto desse balanço, porque gosto de viver assente num pé só e de sentir uma tensão, porque dentro desses dois nomes cabe uma tensão muito grande.”

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Na primeira entrevista que concedeu ao PÚBLICO, em Setembro de 1998, José Tolentino Mendonça falava da sua poesia e respondia à pergunta sobre se estávamos perante um padre que se tornara poeta ou perante um poeta que por acaso era padre. Respondendo que preferia não o saber bem, acrescentava: “Gosto dessa circularidade, de manter essa pergunta. Gosto de viver oscilando, muitas vezes, nessa pergunta. Gosto desse balanço, porque gosto de viver assente num pé só e de sentir uma tensão, porque dentro desses dois nomes cabe uma tensão muito grande.”