Poupanças de Conceição “deram galo” em Barcelos

Nos portistas, nota para a ausência do capitão Danilo, que ficou na bancada, tendo sido chamado o jovem Bruno Costa para o “onze” inicial.

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Soares e João Afonso no duelo em Barcelos LUSA/HUGO DELGADO

Na quarta-feira, em Krasnodar, a quase quatro mil quilómetros do Porto, uma exibição q.b. atenuou um pouco do cepticismo com que muitos adeptos portistas encaravam a época 2019-20. Sem brilhar, o FC Porto justificou ficar a um pequeno passo do play-off da Liga dos Campeões. Três dias depois, a distância do Dragão para casa foi de apenas 40 quilómetros, mas um par de decisões controversas de Sérgio Conceição “deram galo” em Barcelos. Com dez reforços no “onze”, o Gil Vicente foi mais equipa e regressou à elite do futebol português pela porta grande: vitória merecida, por 2-1.

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Na quarta-feira, em Krasnodar, a quase quatro mil quilómetros do Porto, uma exibição q.b. atenuou um pouco do cepticismo com que muitos adeptos portistas encaravam a época 2019-20. Sem brilhar, o FC Porto justificou ficar a um pequeno passo do play-off da Liga dos Campeões. Três dias depois, a distância do Dragão para casa foi de apenas 40 quilómetros, mas um par de decisões controversas de Sérgio Conceição “deram galo” em Barcelos. Com dez reforços no “onze”, o Gil Vicente foi mais equipa e regressou à elite do futebol português pela porta grande: vitória merecida, por 2-1.

Depois de uma pré-época pouco convincente e turbulenta, o triunfo em Krasnodar parecia mostrar que após perder uma mão cheia de titulares e com poucas contratações a justificarem o estatuto de “reforços”, Conceição tinha encontrado uma fórmula para manter os níveis de fiabilidade habituais. Porém, ao segundo jogo oficial, o técnico optou por fazer poupanças e deixou a nu uma evidência: há jogadores do FC Porto sem substitutos à altura.

Comparativamente com o jogo na Rússia, Conceição deu “folga” a Danilo, Baró e Marega. Para os seus lugares, entraram Bruno Costa, Otávio e Zé Luís. A nível táctico, ficava quase tudo na mesma. Se em Krasnodar Baró jogou como falso “extremo” na direita, em Barcelos Otávio fazia o mesmo na esquerda, com Zé Luís no papel de Marega no apoio a Soares. A diferença esteve num detalhe: Bruno Costa não é Danilo. Sem o capitão a comandar o meio-campo, os “dragões” ficaram permeáveis às sagazes investidas gilistas.

De regresso à I Liga, o Gil Vicente apresentou-se com dez reforços — apenas Banguera actuou no Campeonato de Portugal —, mas para reinventar uma equipa, os responsáveis do clube de Barcelos foram buscar Vítor Oliveira. E, em pouco mais de um mês, o experiente técnico já o fez.

O jogo começou com domínio do FC Porto: Zé Luís criou perigo aos 6’; Corona aos 25’. Porém, foi do Gil, em dose dupla, a primeira grande oportunidade: Marchesín com duas defesas evitou que os minhotos marcassem aos 28’.

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A jogada deu confiança à equipa de Vítor Oliveira, mas em cima do intervalo Nuno Almeida assinalou penálti a favor do FC Porto. Após analisar as imagens, o árbitro reverteu a decisão.

O início da segunda parte confirmou que a noite não era de Soares (falhanço incrível aos 50’), e Conceição mexeu, sem correr riscos: Soares e Corona por Marega e Díaz. O maliano entrava para ser protagonista, mas acabou por o ser por maus motivos: aos 60’ perdeu a bola e o lance acabou num golo de qualidade de Lourency.

A perder, o FC Porto não reagiu, mas dez minutos depois Rodrigão deu uma ajuda: com um mau gesto técnico, o brasileiro cortou a bola com o braço na área. Alex Telles aproveitou para empatar.

O golo podia ser o tónico que os “dragões” precisavam, mas a letargia portista manteve-se e Kraev aproveitou a passividade de Pepe e Marcano para fazer o segundo dos gilistas. Desde 2001-02 que o FC Porto não perdia na estreia no campeonato.