Há 64 candidatos nos leilões de energia solar

Prazo de candidatura terminou no domingo. Licitações deverão decorrer nos próximos dia e Matos Fernandes diz que processo deverá estar concluído até 10 de Agosto.

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A procura registada nos leilões superou nove vezes a oferta Nuno Ferreira Monteiro

O concurso para o leilão de energia solar tem 64 entidades candidatas, tendo a procura superado a oferta em nove vezes, o que deverá fazer descer o preço fixado, disse hoje o ministro do Ambiente e Transição Energética.

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O concurso para o leilão de energia solar tem 64 entidades candidatas, tendo a procura superado a oferta em nove vezes, o que deverá fazer descer o preço fixado, disse hoje o ministro do Ambiente e Transição Energética.

À margem de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Matos Fernandes considerou que a competição pelos 1.400 Megawatt (MW) de capacidade instalada dá boas indicações para a redução do preço, com benefício para os consumidores.

“Vamos agora iniciar o leilão, isso são muito boas perspectivas, desde logo de preço. Tínhamos um preço máximo de 45 euros por MW/hora e virá por aí abaixo. Isto significa electricidade produzida a preços mais baixos, significa ganhos para todas as empresas e todos os consumidores domésticos”, afirmou à margem da conferência “O papel do financiamento sustentável”.

Dos 24 locais a leilão, haverá leilões em 22, com cada um a ter cerca de 10 candidaturas.

Houve ainda um lote (Alcobaça/Batalha) que ficou deserto de candidaturas e noutro local apenas houve um concorrente.

Neste último caso, será fixado o preço médio dos 22 lotes que vão a leilão e perguntado ao concorrente se quer ou não ficar com esse lote ao preço médio.

Depois da apresentação das candidaturas ao leilão, serão agora avaliadas para verificar se cumprem todos os critérios, tendo dito Matos Fernandes que a expectativa é de que o leilão esteja concluído até 10 de Agosto.

O governante considerou ainda que este leilão significa boas perspectivas para o compromisso de até 2030 Portugal ter “80% da electricidade produzida com origem em fontes renováveis, com crescimento do solar”.

Sobre as candidaturas, afirmou que entre os concorrentes “estão todos” os investidores que operam em Portugal, assim como investidores estrangeiros.

Portugal tem hoje uma capacidade instalada de energia solar de apenas 700 MW, metade do que está agora a ser leiloado.

O Governo anunciou que no mês de Julho terá lugar o primeiro leilão de energia solar, com cerca de 1.400 MW (Megawatt), seguindo-se um segundo leilão em Janeiro de 2020, com 700 MW, sendo o objectivo a realização de dois leilões anuais nestas datas até que seja atingido o objectivo de produção centralizada.