iOS 13: apps ocupam menos memória e utilizadores têm mais privacidade

Entre as novidades conhecidas esta segunda-feira estão o iOS 13 e o watchOS 6, aplicações viradas para a saúde e um novo computador topo de gama. Mas também o fim de um ícone: a Apple vai acabar com o iTunes (no Mac).

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Além de software, a Apple apresentou o Mac Pro, uma máquina de topo destinada a profissionais Reuters/MASON TRINCA

Aplicações que ocupam menos espaço, novos sistemas operativos, o enfoque na saúde e na privacidade e o recurso à inteligência artificial para organizar fotografias e vídeos são algumas das novidades partilhadas no evento anual para programadores da Apple, que começou esta segunda-feira, em São José, na Califórnia.

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Aplicações que ocupam menos espaço, novos sistemas operativos, o enfoque na saúde e na privacidade e o recurso à inteligência artificial para organizar fotografias e vídeos são algumas das novidades partilhadas no evento anual para programadores da Apple, que começou esta segunda-feira, em São José, na Califórnia.

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, foi o primeiro orador do evento e apresentou o iOS 13. No novo sistema operativo as aplicações vão ocupar até menos 50% de memória, e vão ser duas vezes mais rápidas.​ Entre as melhorias está uma muito requisitada pelos utilizadores: a introdução do “dark mode”, que “escurece” o sistema de um modo transversal — já existem aplicações que o fazem isoladamente. Outra novidade assinalada está relacionada com a aplicação de mensagens, que introduz um modo “deslizar” no teclado que ajuda os utilizadores a escrever mais rápido.

O iOS 13 deverá ser disponibilizado em Setembro, por altura do lançamento das novas versões do iPhone. Contudo, apenas os modelos a partir do iPhone 6s, 6s Plus e SE irão receber esta actualização — ainda que com limitações, nestes três modelos. Os iPhone 5s, 6 e 6 Plus ficam com o actual iOS 12.

A Apple introduziu também novas ferramentas que permitem dar maior privacidade. Por exemplo, os utilizadores vão poder permitir a partilha da sua localização com uma aplicação apenas uma vez. Sempre que essa app quiser localizar o utilizador novamente, terá de voltar a ser autorizada.

iPad com sistema operativo dedicado e Watch melhorado

Os tablets vão ter um sistema operativo próprio, o iPadOS. O sistema será particularmente adaptado à dimensão do iPad, através de uma nova disposição dos ícones no ecrã, mas também funcionalidades que aproximam o iPad dos computadores portáteis, como permitir a ligação do tablet a um disco externo (uma pen USB, por exemplo) ou a ligação de um rato.

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Este novo iOS para iPad não vai contemplar os modelos iPad Air, Mini2 e iPad Mini 3.

Já o novo watchOS, o sistema operativo para o Apple Watch, surge numa nova versão e com novas aplicações, como livros em áudio ou a possibilidade de o dispositivo registar notas apenas ouvindo a voz do utilizador.

O watchOS 6 vai ter também uma loja de aplicações própria, permitindo​ aos utilizadores fazer download de apps sem necessitar do iPhone. Vai ser ainda possível pesquisar apps através da Siri, a assistente digital da Apple.

Em concorrência com o Google Maps, a Apple prometeu melhorar a aplicação Apple Maps. Doravante, vai ser possível visualizar a fotografia das ruas, como já acontece com o Google Street View.

A Apple vai ainda ter uma nova forma de organizar fotografias no iPhone. As imagens serão organizadas automaticamente, recorrendo a tecnologias de inteligência artificial e reconhecimento de imagem.

Da menstruação à poluição

Para Tim Cook, a “maior contribuição da Apple para a humanidade” é melhorar a saúde das pessoas. Para tal, vai ser disponibilizada uma nova ferramenta – o Cycle Tracking – que ajuda as mulheres a acompanhar os seus ciclos menstruais. Outra aplicação – a Noise – notifica o utilizador quando este se encontra num ambiente com demasiado barulho, avisando-o se está a ser prejudicial para a audição. 

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Vai estar disponível também uma aplicação que mostra a actividade do utilizador nos últimos 90 dias, comparando esta actividade com a que o utilizador tinha no ano passado, a fim de se verificar se está mais ou menos activo.

O novo Mac Pro

A WWDC é uma conferência focada no novo software, mas este ano foi também apresentada a nova máquina para profissionais: o Mac Pro surge com novo design e especificações de topo, com processador Intel Xeon de última geração e memória interna que pode chegar aos 1,5 terabytes. A performance vai permitir editar simultaneamente vários vídeos em 8K e o elevado desempenho assegurado por um novo sistema de refrigeração. Tudo isto vai custar 5999 dólares (5300 euros).

A par do Mac Pro foi também conhecido o novo monitor 6K de 32 polegadas. Chama-se Pro Display XDR, oferece uma resolução de 6,016 x 3,384 com 20 milhões de píxeis, emite 40% mais luz que o antecessor monitor de 5K e vai custar cinco mil dólares — o suporte do monitor é vendido à parte por mil dólares.

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O fim do iTunes (menos no Windows)

O iTunes, apresentado pela primeira vez por Steve Jobs em Janeiro de 2001 (também na WWDC), revolucionou a indústria musical ao facilitar a compra de música em formato digital. Tirou benefício do sucesso crescente do iPod e tornou-se ao longo dos anos numa plataforma multimédia que agregou também filmes, séries televisivas e podcasts. Cresceu muito, ganhou “peso” e foi perdendo adeptos, daí que o seu fim seja visto por analistas (e consumidores) não só como inevitável, mas desejável.

Quase duas décadas depois, o iTunes vai ser “desmantelado”, aproximando assim a experiência do computador à do telemóvel. A versão macOs 10.15 — que recebeu o nome Catalina — vai ter três novas apps: música, podcasts e TV.

Mas esta mudança vai acontecer, para já, apenas nos computadores da Apple. Isto porque uma das muitas funções do iTunes é permitir fazer o backup dos dispositivos móveis (iPhone, iPad, iPod), uma opção que passará a estar incorporada na aplicação Finder, exclusiva do macOS — assim se justificando a continuidade do iTunes no sistema operativo da Microsoft.