Quem Pode, Pod: The Habitat

Não sabes o que ouvir? Este é um dos podcasts que estamos a seguir. Durante um ano, seis voluntários participaram numa experiência da NASA para avaliar como será a vida no planeta vermelho — a partir de um vulcão no Havai. The Habitat mostra o dia-a-dia do grupo.

Foto

A história é contada no podcast The Habitat, produzido pela Gimlet Media, uma empresa que é uma máquina de fazer podcasts — de acordo com o site, têm 26 programas ao todo, com uma média de 12 milhões de downloads mensais em 190 países. Ou seja, há apenas cinco países onde os programas deles não são ouvidos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A história é contada no podcast The Habitat, produzido pela Gimlet Media, uma empresa que é uma máquina de fazer podcasts — de acordo com o site, têm 26 programas ao todo, com uma média de 12 milhões de downloads mensais em 190 países. Ou seja, há apenas cinco países onde os programas deles não são ouvidos.

Em The Habitat, acompanhamos o dia-a-dia de seis desconhecidos “presos” durante um ano a uma paisagem de pedras pretas gigantes a perder de vista junto a um vulcão no Havai e a viver numa estrutura do tamanho de “uma garagem de dois lugares”, como descreve Lynn Levi, a jornalista que nos guia ao longo desta aventura.

E dentro deste espaço, os seis voluntários-cobaia vão viver como se estivessem numa verdadeira missão espacial. Isto quer dizer que, para além de simularem o trabalho de investigação em Marte, vão comer comida em pó ou desidratada, tomar duches de água gelada de 30 segundos, reaproveitar e acumular tudo o que sai do corpo — os excrementos são desidratados, desinfectados e transformados em bocados de fertilizante — e não podem comunicar com ninguém de fora do planeta em tempo real. Um e-mail enviado do deserto do Havai, ou melhor de Marte, demora 20 minutos a chegar à caixa do destinatário e a resposta demora outros 20 minutos.

E, depois, há os seis voluntários e a vida normal condensada num espaço tão exíguo onde todos se ouvem uns aos outros. O francês Cyprien Verseux decidiu que o ano em Marte poderia ser uma boa oportunidade para finalmente aprender a tocar ukelele. O inglês Andrzej Stewarts decidiu fazer todos os domingos um pequeno-almoço especial com uma espécie de tortillas e sempre, sempre, com o ritual de virar a comida na frigideira gritando “tortillas!”. Sheyna Gifford, a médica de serviço, levou o seu didgeridoo, um instrumento de sopro que emite um som que faz lembrar a buzina de um navio.

O objectivo desta missão da NASA não é testar as máquinas ou os pesados e quentes fatos de astronauta que eles têm de usar sempre que querem pôr o pé fora da “garagem”. Esta missão quis mesmo estudar os humanos: “Tudo o que eles vão fazer são dados”, explica Kim Binsted, a investigadora responsável pela missão, no primeiro episódio.

Como pergunta a certa altura Lynn Levi, a questão aqui é saber se estes seis desconhecidos vão sobreviver uns aos outros. Para responder a esta pergunta, Lynn deu um gravador de áudio a cada um dos participantes na missão e trocou e-mails com eles durante todo o período em que eles fingiam que estavam em Marte. O resultado destas gravações é The Habitat, a “história real de seis voluntários escolhidos para viver num planeta falso”.