Um novo ciclo no Benfica construído de um momento para o outro

Foi uma revolução acidental que veio de dentro e que acabou por conduzir o Benfica ao seu 37.º título de campeão. Passou pela escolha inspirada de Bruno Lage, pelo rendimento superlativo de João Félix, pelos golos inesperados de Seferovic, pelo ocaso da velha guarda e pela ascensão do talento jovem.

Foto
A festa do 37.º título do Benfica LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O objectivo do Benfica era o mesmo de sempre, mas o plano era outro. Era um plano de reconquista que incluía Rui Vitória ao comando e Jonas a marcar golos. Mas, como Herman José nos ensinou, a vida é como os interruptores, umas vezes está para cima, outras vezes está para baixo. Luís Filipe Vieira hesitou em desligar a luz de Rui Vitória, mas acabou por fazê-lo e, por arrasto, ditou o fim de um ciclo que tinha estabilizado na mediania, com passagens ocasionais pela mediocridade. Quando escolheu Bruno Lage, Vieira estava a escolher um gestor de crise, estava a ganhar tempo enquanto pensava numa solução permanente – e Jorge Jesus, na longínqua Arábia Saudita, deixava-se querer. Mas Lage, que tinha iniciado a temporada na equipa B, foi muito mais que um interino. Lançou um novo ciclo que atingiu a maturidade em pouco mais de meia época. O caminho não foi em linha recta, mas o Benfica chegou ao destino: conquistou o 37.º título de campeão, o sexto dos últimos dez anos, o quinto nos últimos seis.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O objectivo do Benfica era o mesmo de sempre, mas o plano era outro. Era um plano de reconquista que incluía Rui Vitória ao comando e Jonas a marcar golos. Mas, como Herman José nos ensinou, a vida é como os interruptores, umas vezes está para cima, outras vezes está para baixo. Luís Filipe Vieira hesitou em desligar a luz de Rui Vitória, mas acabou por fazê-lo e, por arrasto, ditou o fim de um ciclo que tinha estabilizado na mediania, com passagens ocasionais pela mediocridade. Quando escolheu Bruno Lage, Vieira estava a escolher um gestor de crise, estava a ganhar tempo enquanto pensava numa solução permanente – e Jorge Jesus, na longínqua Arábia Saudita, deixava-se querer. Mas Lage, que tinha iniciado a temporada na equipa B, foi muito mais que um interino. Lançou um novo ciclo que atingiu a maturidade em pouco mais de meia época. O caminho não foi em linha recta, mas o Benfica chegou ao destino: conquistou o 37.º título de campeão, o sexto dos últimos dez anos, o quinto nos últimos seis.