Ganhar clientes de televisão “é o grande desafio deste ano” para a Altice

A Altice, dona da Meo, disputa a liderança do segmento de televisão com a Nos.

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Alexandre Fonseca lidera o comité executivo da Altice Portugal Nuno Ferreira Santos

Alexandre Fonseca, presidente da Altice Portugal, diz que continuar a crescer na televisão por subscrição - uma área em que a liderança de mercado ainda pertence à Nos - “é o grande desafio deste ano”.

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Alexandre Fonseca, presidente da Altice Portugal, diz que continuar a crescer na televisão por subscrição - uma área em que a liderança de mercado ainda pertence à Nos - “é o grande desafio deste ano”.

É o “sub-segmento em que ainda não somos completamente líderes”, afirmou o gestor num encontro com a imprensa, a propósito da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2019, período em que a empresa diz que contabilizou 14 mil novos assinantes no serviço de televisão.

De Janeiro a Março, as receitas totais da Altice Portugal, dona da Meo, registaram um crescimento de 0,4% face ao mesmo período de 2018, para 509 milhões de euros. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 1,4%, para 206 milhões de euros.

Frisando que os resultados “mostram um crescimento sustentando” e que as “expectativas para o ano de 2019 são boas”, o presidente da Altice Portugal destacou o crescimento das quotas de mercado da empresa e, no caso da televisão, o facto de que “o ainda líder de mercado neste sector” tenha perdido “sete mil clientes” no trimestre.

A evolução do número de clientes, que não se cinge “a Lisboa e Porto”, explica-se por a Altice ter “a melhor oferta e qualidade de serviço” e por ser “o único operador que se tem preocupado em conhecer o país”, afirmou Alexandre Fonseca. Se a Anacom tivesse publicado dados estatísticos recentes – os últimos dados divulgados pelo regulador são os do primeiro semestre do ano passado –, “o distanciamento das quotas de mercado” da Altice seria ainda mais evidente, afirmou.

O administrador financeiro da Altice Portugal, Alexandre Matos, adiantou que a receita média mensal por cada cliente residencial de pacotes de serviços (que incluem televisão, internet e telefone) está nos 32 euros (menos 2,1% face ao trimestre homólogo).

Apesar de o valor estar em queda há vários trimestres, Alexandre Matos destacou que está a cair menos e que a estratégia para o fazer crescer não passa por subir preços directamente, mas por “proporcionar mais serviços” ao cliente que aumentem a componente variável da receita.

O administrador da Altice afirmou que “é prioritário” para a empresa “fazer migração de clientes” de ADSL e satélite para a tecnologia de fibra e ainda que se está a fazer uma aposta grande nas acções de retenção de clientes em fim de contrato.