Cristas diz que listas de deputados têm equilíbrio entre “experiência e renovação”

Líder do CDS-PP deu lugar de destaque a três independentes: Sebastião Bugalho, Raquel Abecasis e Rui Lopes da Silva.

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Assunção Cristas na sessão de encerramento do ciclo "Ouvir Portugal", em Lisboa LUSA/RODRIGO ANTUNES

É com uma dose de experiência parlamentar e outra de renovação que Assunção Cristas considera ter encontrado o “equilíbrio” para construir as listas de deputados para as legislativas. As três novidades são ex-jornalistas que vão para lugar de destaque como independentes: Sebastião Bugalho, que trabalhou para o jornal i e é colunista do Observador, Raquel Abecasis, que saiu da Rádio Renascença para ser candidata autárquica em 2017 e é chefe de gabinete de Assunção Cristas enquanto vereadora em Lisboa; e Rui Lopes da Silva, seu chefe de gabinete no partido, ex-jornalista na RTP e antigo assessor da então ministra da Agricultura no Governo de Passos Coelho.

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É com uma dose de experiência parlamentar e outra de renovação que Assunção Cristas considera ter encontrado o “equilíbrio” para construir as listas de deputados para as legislativas. As três novidades são ex-jornalistas que vão para lugar de destaque como independentes: Sebastião Bugalho, que trabalhou para o jornal i e é colunista do Observador, Raquel Abecasis, que saiu da Rádio Renascença para ser candidata autárquica em 2017 e é chefe de gabinete de Assunção Cristas enquanto vereadora em Lisboa; e Rui Lopes da Silva, seu chefe de gabinete no partido, ex-jornalista na RTP e antigo assessor da então ministra da Agricultura no Governo de Passos Coelho.

Raquel Abecasis e Rui Lopes da Silva vão encabeçar a lista de Leiria e de Coimbra, respectivamente. Sebastião Bugalho, que tem 23 anos, irá em sexto lugar por Lisboa (que é elegível), distrito que terá como cabeça de lista a própria Assunção Cristas.

A quota da direcção nacional corresponde a 18 cabeças de lista, cinco em Lisboa e três no Porto. “As escolhas têm a preocupação de encontrar equilíbrio entre a experiência parlamentar e a novidade. Há uma renovação e tem a preocupação de uma grande abrangência etária”, disse ao PÚBLICO Assunção Cristas, mostrando-se “muito feliz” com as escolhas. Exemplos dessa abrangência são Sebastião Bugalho e Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular, 29 anos, que ocupa o segundo lugar na lista do Porto.

No total são 14 novos cabeças de lista, sem contar com os que já foram o primeiro nome indicado pelo CDS na coligação com o PSD em 2015. Em 20 nomes, nove são deputados e 11 não.

Em Lisboa, depois de Assunção Cristas, o segundo lugar foi para a deputada Ana Rita Bessa, que faz parte da equipa que está a elaborar o programa eleitoral para as legislativas. A terceira posição é do líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, deputado e vereador em Lisboa. O secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares, ocupa o quarto lugar, e Isabel Galriça Neto, actual deputada, fica em quinto.

Entre os que saem das listas está Teresa Caeiro, que era deputada desde 2002. Para cabeça de lista de Faro – o distrito em que Teresa Careiro foi eleita pelo CDS em coligação com o PSD em 2015 – foi indicado João Rebelo, deputado desde 1999, sempre eleito por Lisboa (actualmente é também coordenador autárquico).

Nos primeiros lugares do Porto também não está Álvaro Castello Branco. A lista portuense é liderada por Cecília Meireles, deputada e vice-presidente do partido. No número dois, Assunção Cristas assumiu o compromisso com a Juventude Popular de lhe dar um lugar e é aí que está Francisco Rodrigues dos Santos. À semelhança do que acontece em Lisboa, o líder da distrital, Fernando Barbosa, ocupa a terceira posição, e no lugar seguinte foi colocada a líder da concelhia, Isabel Menéres. A distrital do Porto é uma das que tem dado sinais de desconforto pela forma como as escolhas foram feitas, defendendo que as estruturas devem ter mais peso nos nomes que são propostos.

Do actual grupo parlamentar, a deputada Ilda Araújo Novo eleita por Viana do Castelo (para substituir o cabeça de lista Abel Baptista, que saiu entretanto do CDS) não se mantém. Para esse lugar foi indicado Filipe Anacoreta Correia, que em 2015 foi candidato por Lisboa e que acabou por se estrear no Parlamento com a saída do ex-líder Paulo Portas.

A deputada Vânia Dias da Silva, que foi candidata por Braga em 2015, ficou para já excluída nesta quota da direcção nacional. Telmo Correia volta a ser o cabeça de lista por Braga, João Almeida mantém-se como número um em Aveiro (distrital que também deverá acolher António Carlos Monteiro) assim como Hélder Amaral será o primeiro candidato por Viseu e Patrícia Fonseca é de novo a candidata em Santarém. O líder parlamentar, Nuno Magalhães, mantém-se como cabeça de lista por Setúbal. 

Assunção Cristas assume que gostaria de ter mantido neste grupo Vânia Dias da Silva, mas que não foi possível nesta fase. A líder do CDS congratula-se por já ter aprovado os principais candidatos às legislativas de Outubro, reiterando que quer estar “um passo à frente” dos outros partidos. Só depois das europeias, em Maio, quando estes candidatos já estiverem no terreno, em campanha, ao lado de Nuno Melo, é que as distritais deverão propor os seus nomes para completar as listas de deputados.

Para os distritos do interior, onde é o terreno é mais difícil para o CDS, os cabeças de lista também já estão escolhidos: Vila Real (Patrick Alves); Bragança (Nuno Moreira); Castelo Branco (Assunção Vaz Pato); Portalegre (José Manuel Rato Nunes); Beja (Inês Palma Teixeira); e Évora (Paulo Pessoa de Carvalho). Para o círculo da Europa, Cristas escolheu Melissa da Silva, 27 anos, que é da segunda geração de emigrantes em França. No círculo Fora da Europa, o CDS terá Gonçalo Nuno dos Santos, ex-militante do PSD.