Eduardo Cabrita: a GNR é a “primeira voz” em defesa das vítimas de violência doméstica

Ministro participou na cerimónia de incorporação de 400 novos guardas provisórios no Centro de Formação de Portalegre da GNR.

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NUNO VEIGA/LUSA

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse nesta segunda-feira que as vítimas de violência doméstica podem contar com a GNR como sendo a sua “primeira voz” e a sua “protecção amiga”, diariamente.

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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse nesta segunda-feira que as vítimas de violência doméstica podem contar com a GNR como sendo a sua “primeira voz” e a sua “protecção amiga”, diariamente.

“Uma guarda que se afirma como força de defesa dos valores do Estado de direito democrático, uma guarda dos direitos fundamentais, que não tolera o crime e que garante que vítimas de violência doméstica serão protegidas e terão na guarda uma primeira voz e uma protecção amiga”, disse.

O governante, que falava na cerimónia de incorporação de 400 novos guardas provisórios no Centro de Formação de Portalegre da GNR, garantiu ainda que aquela cidade alentejana vai continuar a acolher as acções de formação daquela força de segurança.

Em Dezembro, Eduardo Cabrita já tinha anunciado a construção de novas instalações para o centro de formação e Comando Territorial de Portalegre da GNR. Trata-se de um projecto que vai ser desenvolvido num terreno com 28 hectares na zona industrial de Portalegre, pertencente ao município, contando numa fase inicial com um investimento de cerca de 14 milhões de euros.

“Reafirma-se também aqui o compromisso com a cidade de Portalegre como o local onde se situará toda a formação inicial de guardas da GNR. Aqui se renova também a afirmação de uma guarda que é um sinal de confiança para os portugueses”, disse.

O 41.º Curso de Formação de Guardas (CFG) vai decorrer em Portalegre até Janeiro de 2020, sendo que, durante esse período, serão ministradas diversas matérias relativas quer à formação geral militar, quer à formação nas áreas jurídicas e técnico-profissionais.

A formação contemplará ainda uma vertente de carácter prático (formação em exercício), com o objectivo de proporcionar aos guardas provisórios uma experiência prática, relativa ao exercício de funções inerentes ao serviço operacional da GNR.

Dos 400 guardas provisórios (347 homens e 54 mulheres), destaca-se que 89% têm como habilitações literárias o 12.º ano, sendo que 12% têm formação académica superior (40 licenciados e cinco mestrados).

Mais de metade dos formandos (52%) têm idades compreendidas entre os 21 e os 24 anos, tendo 51% cumprido serviço militar obrigatório nas Forças Armadas.

Os cursos de formação da GNR em Portalegre iniciaram-se a 28 de Novembro de 1985 e, de acordo com a guarda, 70% do seu efectivo foi formado naquela cidade alentejana.

O Centro de Formação da GNR em Portalegre está instalado no Convento de São Bernardo, ao abrigo de um protocolo de cedência entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna.

O actual centro de formação, que já se chamou Centro de Instrução de Praças e posteriormente Agrupamento de Instrução de Portalegre, está dependente da Escola da Guarda, com sede em Queluz.

Os cursos de formação da GNR são ministrados na Escola da Guarda, não só através do centro instalado em Portalegre, como também do centro existente na Figueira da Foz.

Na unidade de Portalegre já foram formados cerca de 17.500 militares.