Petição quer proibir fabrico e venda de armadilhas para aves

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves quer proibir o “fabrico, posse e venda” de armadilhas para combater a captura ilegal de aves selvagens.

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Julia Craice/Unsplash

É “ilegal capturar ou caçar” aves selvagens, mas “os meios usados para estas capturas não são proibidos” em Portugal. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) quer mudar isso e lançou uma petição online para que se proíba o “fabrico, posse e venda” de armadilhas. O objectivo é reunir assinaturas para depois apresentar à Assembleia da República as propostas de alteração à lei.

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É “ilegal capturar ou caçar” aves selvagens, mas “os meios usados para estas capturas não são proibidos” em Portugal. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) quer mudar isso e lançou uma petição online para que se proíba o “fabrico, posse e venda” de armadilhas. O objectivo é reunir assinaturas para depois apresentar à Assembleia da República as propostas de alteração à lei.

Segundo uma estimativa da SPEA, em 2014 foram capturadas dez mil aves selvagens para colocar em gaiolas” com recurso a diferentes armadilhas como molas, colas colocadas em árvores e sebes ou redes verticais. Em comunicado, a organização relembra que a lei "já proíbe a captura de aves selvagens", reconhecendo assim o "contributo" destes animais, "nomeadamente para controlar as pragas agrícolas, diminuir a transmissão de doenças e para dispersar sementes".

“Neste momento, só é crime se a pessoa for apanhada com as aves; mas quem tem armadilhas é porque vai usá-las”, diz Joaquim Teodósio, coordenador do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA.

A organização não-governamental que estuda e promove a conservação das aves e dos seus habitats quer também impedir a apanha da formiga d’asa, usada normalmente como isco.