Hospitais CUF suspendem convenção com as Forças Armadas

Grupo José de Mello Saúde justifica suspensão com a "acumulação permanente de dívida antiga" do Instituto de Acção Social das Forças Armadas, que gere o subsistema público de saúde ADM, que abrange cerca de 130 mil beneficiários.

Foto
O subsistema ADM beneficia militares no activo e na reserva, bem como os seus familiares Enric Vives-Rubio/ARQUIVO

O grupo José de Mello Saúde, detentor dos hospitais e clínicas CUF, anunciou nesta terça-feira a suspensão da convenção estabelecida com o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) para a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários da ADM (Assistência na Doença aos Militares, que abrange militares no activo e na reserva e os seus familiares). A decisão tem efeitos a partir de 1 de Abril e afecta os cerca de 130 mil beneficiários daquele subsistema público de saúde.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O grupo José de Mello Saúde, detentor dos hospitais e clínicas CUF, anunciou nesta terça-feira a suspensão da convenção estabelecida com o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) para a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários da ADM (Assistência na Doença aos Militares, que abrange militares no activo e na reserva e os seus familiares). A decisão tem efeitos a partir de 1 de Abril e afecta os cerca de 130 mil beneficiários daquele subsistema público de saúde.

Em comunicado, o grupo Mello Saúde justifica a decisão com um "incumprimento contratual" por parte do IASFA relativo a atrasos nos pagamentos e a “acumulação permanente de dívida antiga”. Problemas que, “apesar de todos os esforços desenvolvidos no sentido de serem encontradas soluções, não foi possível resolver até à data”, diz o grupo privado num documento a que o PÚBLICO teve acesso.

O grupo Mello Saúde aponta ainda para o facto de a convenção com o IASFA obedecer às tabelas de preços e regras da ADSE, que diz serem "insustentáveis".

Todas as marcações de consultas, exames e outros procedimentos médicos feitas até agora mantêm-se. A suspensão aplica-se apenas a futuras marcações feitas já após 1 de Abril, explica.

O grupo acrescenta esperar que, "no futuro, possam vir a ser encontradas soluções que tornem viável e sustentável a execução da Convenção com o Instituto de Acção Social das Forças Armadas e que esta possa ser retomada de forma plena”, lê-se no comunicado.