Plástico? Nunca mais. Agora, há palhinhas de massa (e são portuguesas)

Já não faltam alternativas às palhinhas de plástico e agora há mais uma, com assinatura portuguesa: palhinhas de massa. No Dia Internacional sem Palhinha, que se celebra este domingo, deixamos-te opções ao plástico e declaramos-lhe guerra (outra vez).

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Palhinhas de plástico? Não, obrigado. É este o lema que a Zero Waste Portugal quer que esteja na cabeça de todos nós no Dia Internacional sem Palhinha, que se assinala dia 3 de Fevereiro. No ano passado, deixámos-te algumas dicas para uma vida mais sustentável; este ano, apresentamos-te as palhinhas de massa, que se vêm juntar ao rol das palhinhas de bambu, titânio, vidro, entre outras alternativas amigas do ambiente. “Pode-se beber e depois fazer um macarrão”, brinca Luís Barroca Monteiro, 41 anos, um dos fundadores da marca Palhinha.

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Palhinhas de plástico? Não, obrigado. É este o lema que a Zero Waste Portugal quer que esteja na cabeça de todos nós no Dia Internacional sem Palhinha, que se assinala dia 3 de Fevereiro. No ano passado, deixámos-te algumas dicas para uma vida mais sustentável; este ano, apresentamos-te as palhinhas de massa, que se vêm juntar ao rol das palhinhas de bambu, titânio, vidro, entre outras alternativas amigas do ambiente. “Pode-se beber e depois fazer um macarrão”, brinca Luís Barroca Monteiro, 41 anos, um dos fundadores da marca Palhinha.

Foi há cerca de cinco anos que Luís, alertado pela mulher, se começou a preocupar em encontrar uma alternativa para as palhinhas de plástico. Uniu-se ao sócio Luís Mateus, de 47 anos, e juntos deram de caras com as palhinhas de massa comestível. “Encontrámos um fornecedor em Itália e encomendámos as primeiras amostras, que foram testadas em várias bebidas, em cafés e restaurantes de amigos”, explica Luís Barroca Monteiro.

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Os resultados foram positivos: a Palhinha não deixa qualquer sabor na bebida e dura “à vontade uma hora”, até começar “a ficar um pouco mole” — mas pode durar mais. O cenário é outro com bebidas quentes, que poderão cozer o fio de massa ou diminuir o seu tempo de vida. Mas, provoca Luís, "que bebida quente é que se bebe com palhinha?”.

A Palhinha já está ser comercializada para cafés, hotéis e restaurantes em Portugal e tem sido “muito bem recebida”. Pode ser adquirida no site da marca, em embalagens de, no mínimo, 30 unidades (custa 6 euros). Falta, apenas, uma solução para as embalar: “Começamos uma campanha de angariação de fundos na PPL, para comprar uma máquina que nos vai permitir embalar cada palhinha individualmente em papel”, refere o co-fundador.

Este é o segundo ano em que a Zero Waste Portugal marca o dia 3 de Fevereiro como o Dia Internacional sem Palhinha. A ideia é dizer "basta": "Ao optarem por não usar palhinhas estão a ajudar a manter as praias limpas, os aterros sanitários com menos plástico e a despertar para a poluição dos oceanos", lê-se no evento criado pela organização no Facebook.

E os números falam por si: uma palhinha tem um tempo médio de vida de quatro minutos e demora mais de 400 anos a degradar-se. Na União Europeia são utilizadas cerca de 36,4 mil milhões de palhinhas por ano e, apesar de já haver um acordo para, a partir de 2021, as palhinhas, cotonetes e talheres de plástico passarem a ser proibidos, impõe-se ainda a questão levantada pela Zero Waste Portugal: "Será que este uso desenfreado é mesmo necessário?"