Made in Portugal

Não sei o que ainda virá nas próximas etapas, mas desta esperava-se que fosse terrível e tal não aconteceu. Uma jornada que não trouxe grandes novidades, salvo que não será desta que Sébastien Loeb vence o Dakar.

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Não sei o que ainda virá nas próximas etapas, mas desta esperava-se que fosse terrível e tal não aconteceu. Uma jornada que não trouxe grandes novidades, salvo que não será desta que Sébastien Loeb vence o Dakar.

Mantém-se o duelo Nasser Al-Attiyah vs Stéphane Peterhansel, sendo que o piloto do Qatar deverá continuar a gerir a vantagem que amealhou. Nas motos, por outro lado, continua a estar tudo muito embrulhado. Sete pilotos de quatro marcas diferentes separados por 16 minutos e os dois que estão em segundo e em terceiro ainda não ganharam uma etapa. Aliás, o australiano Toby Price está a oito minutos do líder e o melhor que conseguiu foi um terceiro lugar na 4.ª etapa. Não será lotaria, mas vai ser luta até ao fim.

Nesta jornada, não posso deixar de felicitar os nossos estreantes nas duas rodas, o António Maio e o Sebastian Bühler, pela excelente corrida que continuam a fazer, demonstrando uma enorme maturidade e regularidade.

Quero ainda realçar os SSV, uma classe em que todos os dias a liderança muda de dono. Temos um piloto em sétimo lugar e segundo entre os rookies, mas o destaque que queria dar tem a ver com o domínio quase total de Can-Am construídos em Portugal.

A South Racing, que está sediada no nosso país e trabalha com mecânicos portugueses, preparou a maioria dos Can-Am que disputam este Dakar. Um produto made in Portugal que se prepara para triunfar no maior teste para a mecânica destes veículos.