Benfica regressa à Turquia e Galatasaray volta a Portugal

Fora de casa, a equipa turca tem sentido francas dificuldades.

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O que agora é verdade sobre o Galatasaray, adversário do Benfica nos 16 avos-de-final da Liga Europa, não continuará necessariamente a ser verdade quando os dois emblemas se enfrentarem, a 14 e 21 de Fevereiro. E o mesmo vale para a equipa de Rui Vitória. O duplo duelo só vai realizar-se daqui a dois meses e vem aí o período de transferências de Inverno, com as entradas e saídas que isso implica, sendo altamente provável que tanto Galatasaray quanto Benfica recorram ao mercado para fazer ajustes nas respectivas equipas.

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O que agora é verdade sobre o Galatasaray, adversário do Benfica nos 16 avos-de-final da Liga Europa, não continuará necessariamente a ser verdade quando os dois emblemas se enfrentarem, a 14 e 21 de Fevereiro. E o mesmo vale para a equipa de Rui Vitória. O duplo duelo só vai realizar-se daqui a dois meses e vem aí o período de transferências de Inverno, com as entradas e saídas que isso implica, sendo altamente provável que tanto Galatasaray quanto Benfica recorram ao mercado para fazer ajustes nas respectivas equipas.

Feito este ponto prévio, aquilo que mais evidentemente liga Benfica e Galatasaray é o facto de ambos terem disputado a fase de grupos da Liga dos Campeões e terminado em terceiro lugar, tendo sido relegados para a Liga Europa. Os “encarnados” fizeram sete pontos no Grupo E (duas vitórias, um empate e três derrotas, com seis golos marcados e 11 sofridos) e os turcos somaram quatro pontos no Grupo D (um triunfo, um empate e quatro derrotas, com cinco golos marcados e oito sofridos). As duas equipas têm também em comum uma classificação aquém das expectativas nos respectivos campeonatos: o Benfica é quarto, a quatro pontos da liderança, e o Galatasaray segue em quinto, a oito pontos do primeiro.

Esta eliminatória proporcionará um reencontro nas provas europeias três anos depois – em 2015-16, época de estreia de Rui Vitória na Luz, Benfica e Galatasaray defrontaram-se na fase de grupos da Champions, com um triunfo para cada lado. E também regressos aos países do adversário: o Benfica defrontou em Agosto o Fenerbahçe na terceira pré-eliminatória da Champions, e o Galatasaray foi adversário do FC Porto na fase de grupos.

As deslocações foram o ponto fraco do Galatasaray, com três derrotas em outras tantas viagens (cinco golos sofridos e nenhum marcado). A jogar em Istambul, a equipa de Fatih Terim conseguiu um triunfo, um empate, e só foi batida na última jornada, pelos “dragões” (cinco golos marcados e três sofridos). A mesma coisa é verdade na Liga turca: quatro vitórias e quatro empates a jogar em casa (18-7 em golos), contra três triunfos, um empate e quatro derrotas fora de portas (8-12).

As estatísticas da UEFA relativas à fase de grupos da Liga dos Campeões mostram algumas semelhanças e diferenças entre as duas equipas. O Benfica fez um total de 80 remates nas seis partidas em questão, contra 71 do Galatasaray – dos quais 32 foram enquadrados com a baliza adversária no caso dos “encarnados”, e 22 dos turcos. O acerto no passe foi ligeiramente mais elevado para a equipa comandada por Fatih Terim (83%) do que o registo obtido pela formação de Rui Vitória (82%). Mas a maior diferença entre as duas equipas faz-se na média de posse de bola: o Galatasaray teve 54%, contra apenas 44% do Benfica.

“Vamos regressar à Turquia. O Galatasaray vem da Liga dos Campeões, tal como o Benfica. Temos de estar preparados, o ambiente na Turquia é muito difícil, mas a nossa equipa vai estar à altura, porque já conhecemos e já enfrentámos este género de ambientes”, vincou o ex-futebolista Luisão, que representou o Benfica no sorteio.