Sporting garante "dispositivo de segurança" para votar suspensão de Bruno de Carvalho

O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting promete reforço dos meios de segurança nas instalações "leoninas" para a assembleia que pode ditar a suspensão do sócio Bruno de Carvalho.

Fotogaleria

No próximo sábado, às 14h30, no Pavilhão João Rocha, realiza-se uma "reunião magna" do Sporting que irá pedir aos associados do clube uma deliberação sobre a continuidade ou não de Bruno de Carvalho e outros membros do antigo Conselho Directivo como sócios. Para além do ex-presidente, Alexandre Godinho, Carlos Vieira, Rui Caeiro, José Quintela e Luís Gestas, alvos de processos disciplinares, poderão ser definitivamente suspensos. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No próximo sábado, às 14h30, no Pavilhão João Rocha, realiza-se uma "reunião magna" do Sporting que irá pedir aos associados do clube uma deliberação sobre a continuidade ou não de Bruno de Carvalho e outros membros do antigo Conselho Directivo como sócios. Para além do ex-presidente, Alexandre Godinho, Carlos Vieira, Rui Caeiro, José Quintela e Luís Gestas, alvos de processos disciplinares, poderão ser definitivamente suspensos. 

Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, começou a conferência de imprensa realizada na tarde desta terça-feira, no estádio José Alvalade, por dizer que "nunca na história do Sporting se realizou uma assembleia geral com a finalidade de julgar, apreciar e deliberar sobre os recursos interpostos sobre várias pessoas que sabem quem são".

"Os estatutos do Sporting prevêem que: nos casos em que se verifica a aplicação de uma pena de suspensão ou a aplicação de uma pena de expulsão, essa decisão é remetida para a mesa da assembleia geral. As pessoas visadas usufruíram do seu direito e recorreram para a assembleia geral. Teremos uma assembleia geral inédita e vamos procurar fazer o que é suposto: debater, analisar e deliberar. Se se mantém o efeito do processo disciplinar ou se é alterado, revogando a decisão aplicada", explicou o dirigente e advogado. "Queremos uma AG livre, para votar e debater ideias, que seja conclusiva da vontade da maioria dos sócios", reiterou.

Rogério Alves reforçou que o clube está a trabalhar para montar um dispositivo de segurança, entre a segurança privada que trabalha com o Sporting e a Polícia de Segurança Pública (PSP), que esteja apto para "atenuar qualquer incidente". No entanto, este diz que o clube "gostaria que a segurança começasse e acabasse pelas próprias pessoas".

Visados convidados a falar durante 15 minutos

Bruno de Carvalho e os outros associados do Sporting, cuja continuidade será discutida em votação, poderão falar aos sócios numa intervenção até 15 minutos de duração, disse Rogério Alves. 

"Os estatutos do Sporting não definem se as pessoas suspensas podem ou não participar na assembleia geral. Mas a AG decidiu que sim. Claro que é uma decisão com carácter excepcional, porque se estão suspensas não deveriam participar", explicou o presidente da mesa da assembleia geral do Sporting.

O advogado fala ainda que a AG decidiu dar uma "possibilidade do contraditório" aos seis sócios em questão que ainda não garantiram a sua presença. "Poderão dizer o que entendem", sublinhou o dirigente.