Número de imigrantes em Portugal aumenta pelo quinto ano consecutivo

A taxa de mortalidade infantil é a mais baixa de sempre. O número de imigrantes está a aumentar. E menos portugueses saem do país. São os novos dados do INE sobre a demografia portuguesa.

Foto
enric vives rubio

O número de imigrantes em Portugal aumentou em 2017 pelo quinto ano consecutivo, estimando-se que tenham entrado no território 36.639 pessoas para residir no país, mais 6714 face a 2016, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O número de imigrantes em Portugal aumentou em 2017 pelo quinto ano consecutivo, estimando-se que tenham entrado no território 36.639 pessoas para residir no país, mais 6714 face a 2016, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já o número de emigrantes diminuiu pelo quarto ano consecutivo, ainda de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira.

As estatísticas demográficas referentes a 2017 revelam que 51% do total de imigrantes permanentes são mulheres, 55% tinham nacionalidade portuguesa, 38% nasceram em Portugal, 47% residiam anteriormente num país da União Europeia e 81% eram pessoas em idade activa (15 a 64 anos).

Já no que se refere aos que saíram de Portugal para residir no estrangeiro por um período igual ou superior a um ano (emigrantes permanentes), as estatísticas do INE registam que 31.753 pessoas o fizeram, menos 17% do que em 2016 (38.272).

Do total de emigrantes permanentes, 69% eram homens, 99% tinham nacionalidade portuguesa, 71% tiveram como destino um país da União Europeia e 95% eram pessoas em idade activa.

Segundo o INE, também o número estimado de pessoas que deixaram o país com intenção de permanecer no estrangeiro por um período superior a três meses e inferior a um ano — emigrantes temporários —, registou um decréscimo de 16,3% relativamente a 2016, passando de 58.878 para 49.298 em 2017.

Mortalidade infantil: o valor mais baixo

Os dados divulgados pelo INE nesta quinta-feira mostram ainda que a mortalidade infantil atingiu em 2017 o valor mais baixo desde que há registos, tendo diminuído 0,7% face a 2016.

As estatísticas indicam que morreram 229 crianças em 2017, menos 53 em relação ao ano anterior, e, segundo o INE, é "o valor mais baixo observado em Portugal desde que há registos".

A taxa de mortalidade infantil diminuiu para 2,7 óbitos por mil nados-vivos.

Globalmente, o número de óbitos em Portugal em todas as faixas etárias diminuiu 0,7% em relação a 2016, tendo-se registado 109.758 mortes de pessoas residentes (55.088 homens e 54.670 mulheres).

Da totalidade dos óbitos de pessoas residentes em Portugal, 40,7% (39,7% em 2016) ocorreram em idades iguais ou superiores a 85 anos.

Nas mulheres, acrescenta o INE, mais de metade (51,5%) dos óbitos registaram-se aos 85 ou mais anos (50,5% em 2016), enquanto a maioria dos óbitos do sexo masculino ainda se regista em idades inferiores aos 85 anos (70% em 2016).