Marcelo: Portugueses têm de ver "a luz ao fundo do túnel" rapidamente sobre Tancos

Presidente da República reafirma que nada sabia de um memorando sobre as circunstâncias da recuperação do material.

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Marcelo fez nesta segunda-feira um passeio de eléctrico em Lisboa com os reis da Bélgica LUSA/JOSE SENA GOULAO

O Presidente da República insistiu nesta segunda-feira que os portugueses têm de conhecer rapidamente a verdade sobre o caso de Tancos e ver "a luz ao fundo do túnel", mas ressalvou que respeita a autonomia do Ministério Público.

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O Presidente da República insistiu nesta segunda-feira que os portugueses têm de conhecer rapidamente a verdade sobre o caso de Tancos e ver "a luz ao fundo do túnel", mas ressalvou que respeita a autonomia do Ministério Público.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava em resposta aos jornalistas, após um passeio de eléctrico em Lisboa com os reis da Bélgica, reiterou a afirmação que fez no sábado à agência Lusa de que desconhecia os factos relacionados com a recuperação do material militar desaparecido do paiol de Tancos.

Questionado se em nenhum momento foi informado de um memorando sobre as circunstâncias da recuperação do material, respondeu: "Eu vim a saber desses factos como todos os portugueses, agora, quando eles apareceram".

"O que aconteceu nas últimas semanas não altera em nada aquilo que é a preocupação fundamental, que é: os portugueses têm de saber o que aconteceu com o desaparecimento das armas, quem foi, como, porquê, de que maneira, com que destino, e depois como é que foram recuperadas", defendeu.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas acentuou, quanto ao apuramento de factos e responsáveis: "Desde sempre acreditei muito na investigação criminal".

"E por isso é que eu disse na resposta à Lusa: espero que, o mais rápido possível, se chegue a conclusões, respeitando a autonomia do Ministério Público", acrescentou.

Escusando-se a definir um calendário, por respeito à autonomia das autoridades judiciárias, Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que é importante que o processo seja concluído "o mais rápido possível para que os portugueses não tenham a sensação de que passa um ano, passa um ano e meio, passam dois anos e, numa matéria fundamental, não vêem, para usar uma expressão diferente, a luz ao fundo do túnel".