Almirante Melo Gomes: “Não há braço-de-ferro entre militares e Governo”

Defende a dignificação das Forças Armadas e que lhes sejam dados os meios necessários.

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Melo Gomes à esquerda de Sampaio da Nóvoa, durante a última campanha presidencial NFS - Nuno Ferreira Santos

“Não há braço-de-ferro entre militares e o Governo”, disse ao PÚBLICO o almirante Melo Gomes, antigo chefe do Estado-Maior da Armada, a propósito da demissão do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

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“Não há braço-de-ferro entre militares e o Governo”, disse ao PÚBLICO o almirante Melo Gomes, antigo chefe do Estado-Maior da Armada, a propósito da demissão do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

“Não houve chantagem, corria-se o risco de desautorização do Estado por militares, temos de tomar providências para que tal não aconteça, para que a subordinação dos militares ao poder legítimo não fosse posta em causa”, prossegue aquele militar, presidente da direcção do Grupo de Reflexão Estratégica Independente.

“Há necessidade de uma política de reversão da política seguida em relação às Forças Armadas no sentido de as dignificar e dar os recursos necessários ao cumprimento das suas missões”, concluiu Melo Gomes.

No plano político, o CDS fala numa demissão "inevitável", mas "tardia". O PCP deixou a questão para os analistas, enquanto o Bloco de Esquerda registou "a retirada de consequências políticas", mas fez questão de sublinhar que "há muitas perguntas sem respostas".

Comentário de Manuel Carvalho, director do PÚBLICO: "Teia de suspeição" ditou demissão