Ricardo Gouveia com novo top-10 no Portugal Masters

Um ano depois do 5.º lugar, português termina nos 7.ºs empatado com Sergio Garcia

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Ricardo Melo Gouveia teve mais um domingo especial no Dom Pedro Victoria © GETTY IMAGES

Tal como o ano passado, o único jogador luso que compete no European Tour entrou no Portugal Masters a precisar de um bom resultado para subir na Race to Dubai – e conseguiu-o. Ocupava a 132.ª posição, passou para 120.º na tabela. O prémio, esse foi de 46.320 euros.   

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Tal como o ano passado, o único jogador luso que compete no European Tour entrou no Portugal Masters a precisar de um bom resultado para subir na Race to Dubai – e conseguiu-o. Ocupava a 132.ª posição, passou para 120.º na tabela. O prémio, esse foi de 46.320 euros.   

Melo Gouveia terminou o torneio com 269 pancadas, 15 abaixo do Par, tantas como o estrela da companhia, o espanhol Sergio Garcia, (que na semana que vem integra pela nona vez a equipa europeia da Ryder Cup), o finlandês Kim Koivu, o francês Rapahel Jacquelin e o inglês Oliver Fisher, o tal do primeiro 59 no European Tour, na segunda volta desta edição em Vilamoura. 

Apenas seis jogadores terminaram à frente do português:o vencedor Tom Lewis, com 262 (-22); a dupla de segundos, composta pelo australiano Lucas Herbert e o inglês Eddie Pepperell, ambos com 265 (-19); o sueco Markus Kinhult e o sul-coreano Soomin Lee, que partilharam o quarto posto com 266 (-18); e o irlandês Shane Lowry (vencedor em 2012) , em 6.º. 

Eis as declarações de Melo Gouveia após a última volta: 

“Foi mais um bom domingo aqui no Portugal Masters. Nos primeiros nove (buracos) não estava a meter putts, mas senti que se continuasse paciente os putts iriam acabar por entrar e foi o que aconteceu. Consegui fazer mais um birdie nos segundos nove e depois no 17 fiz um grande eagle. Foi pena aqui no (buraco) 18 não ter conseguido meter o putt para birdie, mas no geral foi uma grande semana e estou bastante contente. 

“[A gestão da última pancada do torneio] Naquela altura tinha de agradecer ao público. Foi uma semana incrível, mas sabia que ainda faltava acabar o buraco, portanto tive de concentrar-me, de voltar à minha rotina, mas infelizmente aqui os nervos foram mais fortes do que eu e acabei por falhar o último putt. Mas no geral estou muito contente e espero que isto me ajude para o final da época. 

“O ano passado foi igual. Era uma semana em que precisava de jogar bem e este ano aconteceu de novo. Há qualquer coisa especial neste torneio que faz com que o meu jogo fique bastante melhor de um momento para o outro. Já no ano passado aconteceu. É o apoio do público e este ano houve ainda algumas alterações com a minha equipa técnica que fizeram essa diferença. 

“Agora vou ter uma semana de descanso em casa – entre aspas – mas vou trabalhar com a mesma intensidade para preparar-me para os últimos três torneios da época. 

“Jogar à frente do público português cria um pouco mais de nervosismo mas sinto que se conseguir controlar esse nervosismo é benéfico para mim e foi isso que fiz esta semana. As boas energias do público conseguiram que o meu jogo melhorasse bastante e essa foi a diferença. 

“Agora espero continuar com o mesmo nível de jogo, vou trabalhar bem esta próxima semana para estar ao meu melhor nível no próximo torneio e nos dois próximos a seguir. É isso que vou tentar fazer. 

«Este ano, com a mudança dos roughs, fez uma grande diferença ao nível dos fairways. Claro que se batermos quase sempre do fairway (a segunda pancada) é o mesmo campo (do ano passado), mas se falharmos um bocado (a pancada de saída) já estamos a tentar salvar o Par em vez de conseguirmos fazer birdies. Acho que foi uma grande melhoria por parte de toda a equipa do Dom Pedro Victória Golf Course e o feedback de todos os jogadores foi muito positivo esta semana. 

“Não tenho palavras para descrever a alegria e o apoio que tive esta última semana aqui. Foi sem dúvida uma grande ajuda para este resultado. 

“Acho que não faz grande diferença se o torneio realizar-se em Outubro (par ao ano). As últimas vezes que foi em Outubro o tempo não esteve com esteve estes dois últimos dois anos, mas foi azar, porque já houve edições em Outubro em que tivemos este tempo, por isso acho que essa mudança não vai afectar nada o meu jogo.

“No início do torneio havia um bocadinho de dúvida (ser seria capaz de repetir a exibição de 2017) mas senti que treinei muito bem esta semana, diferente do resto do ano, a tal alteração (alinhamento de swing) que fiz com a minha equipa técnica e senti-me muito melhor preparado para um torneio do European Tour, especialmente este em que há mais nervosismo por haver muito público. 

“Os meus próximos torneios são o Dunhill Links Championship, o British Masters e Valderrama, e se tudo correr bem a Turquia, e se tudo correr muito bem África do Sul e se tudo correr ainda melhor, o Dubai.”

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