Selecção defronta Croácia sem Ronaldo e a olhar para o futuro

Depois de poupar o capitão da selecção, Fernando Santos lembra o duelo do Europeu e vinca quem é o melhor do mundo.

O campeão da Europa defronta, no Algarve, o vice-campeão mundial a pensar na Itália e na defesa do título em 2020, conquistado em 2016, em França, onde Portugal mediu e venceu, pela última vez, forças com os croatas "no melhor jogo" da competição.

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O campeão da Europa defronta, no Algarve, o vice-campeão mundial a pensar na Itália e na defesa do título em 2020, conquistado em 2016, em França, onde Portugal mediu e venceu, pela última vez, forças com os croatas "no melhor jogo" da competição.

Na antevisão de um jogo de carácter “amigável”, de preparação para a estreia na Liga das Nações, frente à Itália – tetracampeã mundial –, mais do que repetir a ideia de que este regresso à competição depois do Rússia-2018 é o início de um “naturalíssimo” novo ciclo, Fernando Santos evocou o nome do omnipresente Cristiano Ronaldo apenas para lembrar aos croatas quem é o número um... apesar de no ranking da FIFA ser agora a selecção dos balcãs a ocupar o quarto posto, com Portugal a cair três lugares, para sétimo.

Sem rodeios, o seleccionador nacional revelou que votou em Luka Modric como segundo melhor, atrás de Ronaldo, para o prémio The Best. Uma forma polida de responder à declaração inflamada do homólogo Zlatko Dalic, indignado pela ausência do português na gala de entrega do prémio de melhor jogador a actuar na Europa, entendida como prova cabal do egoísmo de Ronaldo… que, declarou, jamais treinaria. Apesar de ausente, Ronaldo continua, em espírito, bem no centro das atenções.

Claro que a convocatória de Fernando Santos, com quatro estreantes e alguns regressos, como o de Renato Sanches, ao contrário das escolhas do seleccionador croata, numa linha de continuidade, mais coerente com o que foi a base do êxito no Mundial2018, poderá pressupor uma escolha de maior risco para o jogo do Algarve, ao contrário do plano que Fernando Santos poderá apresentar na Luz, frente à Itália, num compromisso com ainda menor margem para promover experiências.

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Mas, independentemente de se tratar de um encontro particular ou oficial, Portugal joga sempre o prestígio. Ciente disso, o seleccionador nacional tentará promover os equilíbrios necessários para extrair, desta dupla jornada, ilações fundamentais para o futuro.

“Acompanhar os jogadores no contexto das equipas é muito difícil”, recordou Fernando Santos, sem tempo para lamúrias, pronto a “assumir na íntegra” a convocatória que entende ser “a melhor para este jogo”, onde se inclui gente que “estará presente em 2020”.

Fernando Santos, que operou dez alterações em relação ao grupo da Rússia, pretende ver um naipe de futebolistas a quem dará uma oportunidade, mesmo que não seja nas condições ideais, como destacou ao afirmar que os três dias de trabalho renderam o que “se pode considerar um treino”.