Domingos Gonçalves foi o último a atacar e o primeiro a chegar a Boticas

Raúl Alarcón é camisola amarela pela quarta etapa consecutiva.

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Foi a primeira vitória da RP_Boavista na Votla a Portugal. LUSA/NUNO VEIGA

O campeão nacional de contra-relógio, Domingos Gonçalves (RP-Boavista), venceu nesta quarta-feira a 6.ª etapa da Volta a Portugal ao percorrer o caminho entre Sernancelhe e Boticas em 4h09m10s. Raúl Alarcón (W52-FC Porto) mantém a camisola amarela pela quarta etapa consecutiva e "conserva" a sua vantagem de 52 segundos sobre Joni Brandão (Sporting-Tavira), a quatro tiradas do fim da 80ª edição da prova.

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O campeão nacional de contra-relógio, Domingos Gonçalves (RP-Boavista), venceu nesta quarta-feira a 6.ª etapa da Volta a Portugal ao percorrer o caminho entre Sernancelhe e Boticas em 4h09m10s. Raúl Alarcón (W52-FC Porto) mantém a camisola amarela pela quarta etapa consecutiva e "conserva" a sua vantagem de 52 segundos sobre Joni Brandão (Sporting-Tavira), a quatro tiradas do fim da 80ª edição da prova.

As últimas duas contagens de montanha provaram ser um grande desafio para o grupo de 11 ciclistas que seguia na frente. Na subida a Pinho, de terceira categoria, os líderes "só" tinham aproximadamente dois minutos de vantagem em relação ao pelotão, contrastando com os três que registavam vinte quilómetros antes. Dobrado o cume, essa vantagem diminuía cada vez mais, e a 20 quilómetros da meta o pelotão ficou compacto.

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No início da ascensão a Torneiros, de categoria especial, Xuban Errazkin (Vito Feirense Blackjack) isolou-se. O ataque chegou a ter 20 segundos de vantagem, mas também teve vida curta, porque atrás de si seguia um lote composto por alguns favoritos aos primeiros lugares da geral, como o colega de equipa Edgar Pinto, Alarcón, Brandão e De Mateos (Aviludo-Louletano).

Ninguém do grupo dos favoritos se atreveu a arriscar a aproximadamente 10 quilómetros da meta. Foram surpreendidos por João Benta (RP-Boavista), que alcançou Errazkin novamente na frente. O espanhol e o português foram, porém, apanhados pelos perseguidores pouco tempo depois. 

Na descida final, Domingos Gonçalves aproveitou a deixa e acelerou para a frente da corrida. Os 10 segundos de vantagem que tinha a nove quilómetros do fim foram aumentando à medida que se aproximava da meta, onde chegou com 20 segundos de vantagem sobre Krister Hagen (Coop), que ficou em segundo lugar. Daniel Mestre (EFAPEL) completou o pódio.

No final, o corredor do Boavista disse que tentou "ganhar o máximo de tempo possível naquela parte de sobe e desce". "Dei o máximo e estou contente por ter vencido esta etapa. A equipa também está contente", afirmou Gonçalves, que subiu do 11.º para o nono posto da geral, mas confessou não ter esperanças de conseguir a camisola amarela. "Estou muito longe".

Por sua vez, após uma etapa mais exigente, Raúl Alarcón mantém a vantagem de 52 segundos para o segundo lugar na geral, ocupado por Joni Brandão, mas não dá a vitória por garantida: "Vai haver discussão até ao fim e muitos ataques", prevê.

Os corredores disputam a 7.ª etapa na quinta-feira, com partida em Montalegre e chegada a Viana do Castelo. O percurso tem 165,5 quilómetros e é menos exigente, apresentando uma contagem de montanha de terceira categoria.