O FC Porto não deixou escapar a sua prova fetiche

O Desportivo das Aves ainda ameaçou repetir o sucesso do Jamor, mas a Supertaça é a competição predilecta dos “dragões”

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O FC Porto sofreu mais do que desejaria para celebrar nova conquista na Supertaça e justificar a hegemonia numa prova em que passa a somar 21 triunfos em 40 edições. O Desportivo das Aves cumpriu a promessa de complicar a vida ao campeão nacional e chegou mesmo a constituir ameaça real, especialmente na primeira parte, depois de ter conseguido adiantar-se no marcador com um golo de Falcão. Mas o FC Porto foi mais forte e deu a volta ao rumo do jogo, triunfando por 3-1.

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O FC Porto sofreu mais do que desejaria para celebrar nova conquista na Supertaça e justificar a hegemonia numa prova em que passa a somar 21 triunfos em 40 edições. O Desportivo das Aves cumpriu a promessa de complicar a vida ao campeão nacional e chegou mesmo a constituir ameaça real, especialmente na primeira parte, depois de ter conseguido adiantar-se no marcador com um golo de Falcão. Mas o FC Porto foi mais forte e deu a volta ao rumo do jogo, triunfando por 3-1.

Com Marega, máximo goleador da equipa da época passada, fora das contas da Supertaça por motivos “emocionais”, Sérgio Conceição optou pela dupla Aboubakar e André Pereira, deixando Soares de reserva. Aliás, em relação à época do título, o FC Porto apresentava apenas duas alterações: a do jovem avançado que estagiou em Setúbal e a do ainda mais jovem defesa-central Diogo Leite. Neste capítulo, o Desp. Aves surgia ainda com menos novidades, sendo o guarda-redes francês Quentin Beunardeu a excepção num “onze” consolidado.

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Assim, sem mais demoras, a dupla de ataque do FC Porto provava a Sérgio Conceição que a escolha feita podia render frutos, com André Pereira a combinar com Aboubakar, e o camaronês a criar a primeira ilusão de golo em Aveiro. O remate de Aboubakar sofreu um ligeiríssimo desvio em Jorge Fellipe, suficiente para Beunardeu desviar com a ponta das luvas e evitar uma entrada galopante do “dragão”.

O sinal estava dado, mas os avenses tinham avisado que gostavam de criar situações inusitadas. Alex Telles experimentava inesperadas dificuldades com Amilton e Rodrigo a provocarem desequilíbrios e depois de um cruzamento da direita, que Diogo Leite afastou, a bola ressaltou no árbitro e sobrou, na medida exacta, para Falcão abrir a contagem com um remate fulminante.

Ao contrário do lance de Aboubakar, a bola sofreu também um ligeiro desvio no pé de Felipe, suficiente para entrar junto ao poste, fora do alcance de Casillas.

O FC Porto acusava o golpe e começava a dar sinais de nervosismo, sintomas que animavam um Desp. Aves atrevido, o que causava ainda maiores constrangimentos na equipa de Sérgio Conceição.

Apesar desse período de algum desnorte, o FC Porto acabaria por encontrar-se graças à genialidade de Brahimi, a surgir como um relâmpago para concluir uma acção de Aboubakar, batendo Beunardeu com um toque subtil.

Mas quando a lógica do guião do jogo parecia restabelecida, o Desp. Aves voltou a encontrar um improviso capaz de questionar todas as certezas “azuis-e-brancas”. No limite, valeram os reflexos de Casillas, a sacudir um cabeceamento letal de Derley.

O jogo entrou numa fase de “navegação à vista”, mais quezilenta, com os portistas a queixarem-se da virilidade avense que acabaria por custar a continuidade em campo de Brahimi. E foi já com Corona em campo que os “dragões” serenaram e criaram um par de situações que lembraram ao adversário que estava a defrontar o campeão nacional. O mexicano iludiu a marcação e colocou a bola à medida de Diogo Leite, que cabeceou fraco mas na direcção da emenda de Felipe. O lance de golo iminente morreria nas mãos de Beunardeu, que se limitou a recolher um desvio inócuo.

Não marcaram os centrais, aproveitou Maxi Pereira, já na segunda parte, após triangulação com Sérgio Oliveira e Otávio. O uruguaio fuzilou Beunardeu e deu pela primeira vez vantagem aos portistas. Parecia traçado o destino do Desp. Aves, que depois da proeza do Jamor criou condições para discutir até final um troféu que acabou por não justificar por causa de uma segunda parte de absoluto domínio portista. O “golaço” de Corona foi o golpe fatal no Desp Aves, e selou a 21.ª conquista portista na sua prova de eleição.