Alaphilippe vence a primeira etapa nos Pirenéus interrompida por protesto

O francês é cada vez mais líder da classificação de montanha.

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Alaphilippe venceu a 16. etapa do Tour Reuters/BENOIT TESSIER

Julian Alaphilippe (Quick-Step Floors) foi o grande vencedor da 16.ª etapa da Volta a França que se realizou esta terça-feira entre Carcassonne e Bagnères-de-Luchon. Um dia que ficou também ficou marcado por uma manifestação que obrigou a interromper a passagem do pelotão, com vários agricultores a cortarem a estrada com fardos de palha, o que impediu os ciclistas de passarem e motivou a intervenção das autoridades policiais, que recorreram a gás pimenta para desmobilizar os manifestantes. Alguns ciclistas também foram afectados pelo gás, espalhado por força do vento, e necessitaram de assistência.

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Julian Alaphilippe (Quick-Step Floors) foi o grande vencedor da 16.ª etapa da Volta a França que se realizou esta terça-feira entre Carcassonne e Bagnères-de-Luchon. Um dia que ficou também ficou marcado por uma manifestação que obrigou a interromper a passagem do pelotão, com vários agricultores a cortarem a estrada com fardos de palha, o que impediu os ciclistas de passarem e motivou a intervenção das autoridades policiais, que recorreram a gás pimenta para desmobilizar os manifestantes. Alguns ciclistas também foram afectados pelo gás, espalhado por força do vento, e necessitaram de assistência.

Para chegar à sua segunda vitória na Volta deste ano, Alaphilippe fez o percurso de 218 quilómetros em 5h13m22s e mostrou na parte final por que é que é líder destacado da camisola de montanha. Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) garantiu, matematicamente, a camisola verde com um total de 452 pontos, depois do sprint intermédio em Saint-Girons. Já Geraint Thomas (Team Sky) continua na liderança com uma vantagem de 1m39s em relação ao segundo, o seu colega de equipa Chris Froome.

O azarado do dia foi Philippe Gilbert (Quick-Step Floors). O belga fez sozinho a subida de 5,4 quilómetros de Col de Portet-d’Aspet, mas caiu numa ravina na descida. A queda não foi muito grave para Gilert, que depois se levantou para continuar a prova e ser nomeado o corredor mais combativo do dia.

Algum tempo depois, Damiano Caruso (BMC Racing Team), Robert Gensik (LottoML – Jumbo) e Warren Barguil (Fortuneo – Samsic) estavam a liderar a etapa na subida da montanha seguinte, Col de Menté. Mas a seis quilómetros do topo, o corredor da Samsic atrasou-se em relação aos seus dois adversários da frente, que depois foram alcançados por um dos mestres nestas andanças. Julian Alaphilippe foi o primeiro a chegar à montanha de primeira categoria. O líder destacado da camisola de montanha teve a companhia de Gregor Mühlberger (Bora-Hansgrohe) na descida. E o par passou a ser um grupo de 17 ciclistas a 28 quilómetros do fim.

Os líderes da corrida começaram a andar a velocidade moderada em direcção aos 8,3 quilómetros da subida de Col du Portillon, o último grande obstáculo da etapa e ao longo do caminho vários ciclistas começaram a perder o contacto. Gensik, Marc Soler (Movistar), Domenico Pozzovivo, Jon Insausti (Bahrain-Merida), Bauke Mollema (Trek-Segafredo) e Simon Yates (Mitchelton-Scott) formaram o grupo de frente na parte final da subida mas foi Yates quem decidiu atacar e passou o cume da montanha de primeira categoria como líder.

Na descida da montanha o ciclista britânico foi ao chão e Alaphilippe, que estava perto de Yates, saltou para a frente da corrida a quatro quilómetros do fim, só parando quando chegou confortavelmente à meta. Insausti e Yartes chegaram depois com 15 segundos de atraso. Alaphilippe venceu a primeira etapa nos Pirenéus e aumentou a sua vantagem na classificação de Rei da Montanha.

Partida inovadora

Esta quarta-feira, a 105.ª Volta a França promete espectáculo, por várias razões. A 17.ª etapa tem apenas 65 quilómetros a serem percorridos entre Bagnères-de-Luchon e Saint-Lary-Soulan, mas prevê-se que a tirada seja muito exigente para os ciclistas, especialmente para quem não é especialista em montanha, pois contém duas contagens de montanha de primeira categoria e uma de categoria especial com uma subida de 16 quilómetros que só termina na meta. 

A etapa traz ainda uma novidade à Volta da França. Devido à curta distância do percurso - o mais pequeno numa etapa normal nos últimos 30 anos da prova -, a partida vai ser feita numa grelha semelhante à de MotoGP, com os ciclistas a serem colocados de acordo com a sua posição na classificação geral, agrupados em blocos de 20 corredores. Na frente estará o camisola amarela. Antes da partida, os ciclistas estarão numa zona de aquecimento, visível para o público, durante 30 minutos para se prepararem.