Independentes colaboram com o CDS para encontrar soluções

CDS tem ouvido “pessoas que conhecem o quadro e as regras constitucionais e comunitários para evitar propostas voluntaristas mas fantasiosas”.

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Adolfo Mesquita Nunes já reuniu com cerca de 90 pessoas Nuno Ferreira Santos

 

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As reuniões de preparação do programa eleitoral do CDS “têm decorrido em torno de eixos programáticos e envolveram já cerca de 90 pessoas”, revela Adolfo Mesquita Nunes coordenador da elaboração do documento.

Os debates “decorrem ao longo de duas horas e meia no máximo” e “a metodologia é a da colocação de perguntas previamente estabelecidas que são debatidas para encontrar respostas”, adianta o vice-presidente do CDS, acrescentando que das pessoas que têm colaborado com o partido “quase ninguém é filiado e têm todos menos de 45 anos, são pessoas que se aproximaram do CDS depois do anúncio da equipa de elaboração do programa no Congresso”.

Refira-se que a equipa coordenada por Mesquita Nunes é composta por oito elementos todos com menos de 45 anos. A saber: Ana Rita Bessa, deputada, os membros da comissão política Mariana França Gouveia e Francisco Mendes da Silva e ainda Jorge Teixeira, da Juventude Popular. E também pelos independentes: Nádia Piazza, presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão, Pedro Mexia, escritor, Graça Canto Moniz, especialista em protecção de dados, e João Moreira Pinto, cirurgião pediátrico.

Os que têm participado nas reuniões fazem-no “motivados pela proposta do CDS de querer preparar Portugal para os desafios e as oportunidades”, sublinha Mesquita Nunes que frisa: “Há imensa gente interessada em encontrar respostas sobre a economia digital e que dizem que finalmente há um partido interessado no assunto.”

A ideia que preside a estas reuniões é a de “juntar pessoas vindas do sector público e privado para discutir ideias”. Os debates são “são sempre acompanhados por ex-governantes do partido e por pessoas que conhecem o sector público e o privado para focar o trabalho e discutir apenas o que pode ser feito”, explica o vice-presidente do CDS, acrescentando: “O que nos preocupa não é criar ideias espectaculares que depois não se podem concretizar no mundo real português. Por isso queremos pessoas que conhecem o quadro e as regras constitucionais e comunitários para evitar propostas voluntaristas mas fantasiosas.”

No mês de Julho, Mesquita Nunes vai andar pelo país a “ouvir as estruturas do CDS”, já que a ideia “não é ouvir só os independentes, a estrutura do partido tem o seu espaço, irão ser ouvidas as distritais”. Estão também previstas reuniões com os parceiros sociais.

Quanto a prazos, “o objectivo é ter condições de ter programa pronto para as eleições mesmo que estas sejam antecipadas” refere o responsável máximo pela elaboração do documento, explicando que “se as eleições forem só em Outubro de 2019, o texto final terá de ir para impressão no início do Verão”. Mas, “se forem antecipadas, as ideias têm de estar maturadas e acelerar a concretização”. Por isso o prazo de debate e de fixação de ideias é o final do ano.