Um grande adversário

Com adversários como Marrocos a única coisa a fazer é aprender com eles. Aprende-se que só se desiste no fim. Mas até ao fim avança-se sempre que se pode sem cansar e sem perder a esperança de marcar.

Depois de sofrer o Portugal-Marrocos é altura de dar os parabéns à selecção e aos adversários. Com adversários como Marrocos a única coisa a fazer é aprender com eles. Aprende-se que só se desiste no fim. Mas até ao fim avança-se sempre que se pode sem cansar e sem perder a esperança de marcar.

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Depois de sofrer o Portugal-Marrocos é altura de dar os parabéns à selecção e aos adversários. Com adversários como Marrocos a única coisa a fazer é aprender com eles. Aprende-se que só se desiste no fim. Mas até ao fim avança-se sempre que se pode sem cansar e sem perder a esperança de marcar.

A tenacidade de Marrocos fez lembrar a selecção portuguesa de há uns anos atrás, quando ainda estava a afirmar-se. Acho que a equipa marroquina há-de ir longe. Tem genica e tem coragem. Dá a ideia de uma equipa formidável a nascer, ainda nos primórdios, desejando que venha a próxima oportunidade.

Também o sofrimento dos jogadores quando já sabiam que iam ser eliminados foi uma lição. Era essa, de facto, a altura para chorar. Durante o jogo, ao contrário do que acontece muito no futebol, não houve desalento nem preguiça nem resignação.

A selecção portuguesa não encheu tanto o olho porque o trabalho dela era essencialmente destrutivo e defensivo. Se Marrocos tem marcado um golo teria sido diferente. No Mundial trabalha-se para ganhar pontos. Se vier a oportunidade de marcar mais um golo do que é necessário, pronto, aproveita-se.

Claro que nós, espectadores, queríamos o segundo golo para não sofrermos tanto. Mas à selecção bastou sempre a mera vitória, por muito que ela custe.

Impedir a outra equipa de marcar um golo - incluindo as grandes defesas de Rui Patrício - é uma das maneiras de ganhar para quem já tem o golo suficiente para ganhar. E Portugal tinha, graças à antecedência de Cristiano Ronaldo.