Kolarov desfez a simetria e dificultou a vida da Costa Rica

Os europeus entram a vencer no Mundial e complicaram a vida aos corta-riquenhos.

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Por muito que não se queira olhar ao estatuto, chegar a um Mundial e calhar num grupo que inclui o Brasil é o equivalente a ter menos um lugar disponível nos oitavos-de-final da competição. A “canarinha” esteve em todos os Campeonatos do Mundo (conquistou cinco títulos) e é preciso recuar até 1966 para vê-la ficar pela fase de grupos. Por isso, os três pontos em disputa entre Costa Rica e Sérvia, na primeira jornada do Grupo E, eram especialmente importantes. E os europeus podem agradecer a Kolarov pelo triunfo.

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Por muito que não se queira olhar ao estatuto, chegar a um Mundial e calhar num grupo que inclui o Brasil é o equivalente a ter menos um lugar disponível nos oitavos-de-final da competição. A “canarinha” esteve em todos os Campeonatos do Mundo (conquistou cinco títulos) e é preciso recuar até 1966 para vê-la ficar pela fase de grupos. Por isso, os três pontos em disputa entre Costa Rica e Sérvia, na primeira jornada do Grupo E, eram especialmente importantes. E os europeus podem agradecer a Kolarov pelo triunfo.

Num momento de inspiração, aos 56’, o capitão sérvio bateu de forma irrepreensível um livre directo e a bola só parou no fundo da baliza de Keylor Navas, desequilibrando de forma definitiva um encontro que se pautou pelo equilíbrio: dez remates para cada lado, dos quais três enquadrados com a baliza adversária, e 50% de posse de bola. Até em termos disciplinares houve simetria, com dois amarelos para cada lado, embora o final da partida tenha sido marcado por alguma crispação entre jogadores de ambas as equipas (o ex-sportinguista Bryan Ruiz foi titular na Costa Rica).

Esta foi a primeira derrota da Costa Rica em fases finais do Campeonato do Mundo desde 2006 (em 2014 caiu nos quartos-de-final sem perder qualquer jogo, eliminada nos penáltis pela Holanda, e falhou o Mundial 2010), o que poderá desde já comprometer as aspirações a um lugar nos oitavos-de-final. “Talvez tenhamos perdido margem para a qualificação”, admitiu o seleccionador costa-riquenho, Óscar Ramírez, acrescentando: “Vai ser difícil, mas as nossas ambições continuam a ser as mesmas. Disse aos rapazes no balneário que isto ainda não acabou”. Mas está mais complicado, até porque a Costa Rica vai enfrentar o Brasil na sexta-feira, na segunda ronda do Grupo E.

“A equipa estava sob grande pressão”, admitiu o seleccionador sérvio, Mladen Krstajic, que assumiu o comando da equipa em Outubro e fez a estreia em jogos oficiais. O ambiente era mais descontraído, mas Kolarov recusou embarcar em festas antecipadas: “É óptimo já termos três pontos, mas o trabalho ainda não está feito. Não quero começar já a fazer contas”, sublinhou.