João Henriques abandona Paços "de consciência tranquila"

Treinador lamenta não ter podido reforçar a equipa como gostaria.

Foto
LUSA/JOSÉ COELHO

O treinador João Henriques assumiu nesta segunda-feira que a descida do Paços de Ferreira e a sua saída do clube são um "revés" pessoal, embora saliente que fez tudo por uma equipa cujo plantel apresentava vários erros.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O treinador João Henriques assumiu nesta segunda-feira que a descida do Paços de Ferreira e a sua saída do clube são um "revés" pessoal, embora saliente que fez tudo por uma equipa cujo plantel apresentava vários erros.

"Achámos que [a rescisão] era o melhor para as duas partes e chegámos a acordo. Tive a possibilidade de trabalhar quatro meses e vim para ajudar. Houve a promessa de reforços que não se concretizou, quando era reconhecido por todos que houve vários erros na constituição do plantel, mas não estou arrependido e faria tudo da mesma forma", disse João Henriques à agência Lusa.

O ex-técnico pacense assume as suas responsabilidades e lamenta não ter tido o sucesso de manter o Paços na I Liga.
"Quando chegámos, identificámos as debilidades e queria um jogador por sector. Entraram dois médios (Rúben Micael e Rafael Assis). Entendo que esse não reforço se ficou a dever às duas vitórias consecutivas que tivemos, nas Aves (2-0) e em casa diante do Feirense (2-1). Foi, no entanto, um grande revés naquilo que entendi ser importante na altura para o Paços", afirmou.

De "consciência tranquila" por "tudo ter feito para que o desfecho fosse diferente", João Henriques admite, ainda assim, "o amargo de boca" de não saber se as coisas teriam sido diferentes com mais esses reforços solicitados. "Entretanto, o mercado fechou, depois tivemos lesões, apareceram os castigos, que condicionam sempre, e, em alguns momentos, também nos faltou um pouco a estrelinha da sorte. Foi complicado e cada um tem a sua quota-parte de responsabilidade, embora estas questões fiquem mais agarradas ao último treinador", insistiu.

Henriques não revela, contudo, "arrependimentos" e fala numa "aprendizagem enriquecedora", adiantando mesmo que "este revés no processo evolutivo como treinador" o deixou "mais forte e preparado" para os próximos desafios.

"O desfecho de 2017/18 mancha uma época que até deixou uma imagem positiva", concluiu João Henriques, sem esquecer também o trabalho realizado no Leixões, na altura em zona de subida na II Liga, que fez despertar o interesse dos pacenses.

Após ter garantido a permanência do Portimonense na I Liga de futebol, Vítor Oliveira, recordista de subidas de divisão, é o nome mais falado para suceder a João Henriques.