Violência em Alcochete: ministro da Educação diz que tem de haver consequências

"Temos uma enorme responsabilidade, Portugal é campeão europeu de futebol, dentro de um mês estaremos no Mundial, e, no próximo domingo, temos a Taça de Portugal, a prova rainha do futebol nacional, que vai acontecer, que queremos que aconteça com toda a responsabilidade", disse Tiago Brandão Rodrigues.

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Nuno ferreira Santos

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse nesta quarta-feira que tem de haver consequências dos actos de violência ocorridos na terça-feira na Academia do Sporting, em Alcochete, onde futebolistas e treinadores do clube foram agredidos. "O Governo tem estado atento, tem tido um papel de moderação, e, por outro lado, tem tido um papel de acção com todos os actores. É importante dizer que isto é responsabilidade de todos, dos órgãos de comunicação social, do Governo, da Federação Portuguesa de Futebol, da Liga de Clubes, dos clubes e de todos os que têm responsabilidades no futebol nacional, que têm de entender que o que aconteceu foi grave e temos de ser consequentes", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse nesta quarta-feira que tem de haver consequências dos actos de violência ocorridos na terça-feira na Academia do Sporting, em Alcochete, onde futebolistas e treinadores do clube foram agredidos. "O Governo tem estado atento, tem tido um papel de moderação, e, por outro lado, tem tido um papel de acção com todos os actores. É importante dizer que isto é responsabilidade de todos, dos órgãos de comunicação social, do Governo, da Federação Portuguesa de Futebol, da Liga de Clubes, dos clubes e de todos os que têm responsabilidades no futebol nacional, que têm de entender que o que aconteceu foi grave e temos de ser consequentes", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro falava à margem de uma visita à Escola do Ensino Básico 3/3 D. Fernando II, em Sintra.

Durante a tarde de terça-feira, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, alegadamente adeptos "leoninos", invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, assim como o treinador Jorge Jesus e outros membros da equipa técnica.

A equipa principal do Sporting cumpria o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Desportivo das Aves.

Nesta quarta-feira, em Sintra, num evento que assinalava o Dia Nacional da Agricultura nas Escolas, o ministro com a tutela do desporto reafirmou as declarações dos secretários de Estado Isabel Oneto e João Paulo Rebelo, na terça-feira, nomeadamente o "repúdio veemente relativamente ao que aconteceu".

"Em segundo lugar, outra coisa absolutamente incontornável, é a solidariedade com os jogadores, treinadores e staff do Sporting, que, no fundo, são vítimas de todo este episódio de violência e vandalismo", frisou.

Tiago Brandão Rodrigues apontou ao calendário futebolístico para apelar à responsabilidade dos intervenientes. "Temos uma enorme responsabilidade, Portugal é campeão europeu de futebol, dentro de um mês estaremos no Mundial, e, no próximo domingo, temos a Taça de Portugal, a prova rainha do futebol nacional, que vai acontecer, que queremos que aconteça com toda a responsabilidade", prosseguiu.

O ministro da Educação recordou o trabalho realizado, através do Conselho Nacional do Desporto e da Assembleia da República, para assegurar que "as consequências, obviamente, serão tomadas".

"O mais importante é que o caminho tem sido feito, tem sido feito com todos os parceiros, e, nesse sentido, seremos consequentes, continuando a usar a lei da forma intransigente, como temos usado, e, obviamente, tomar as consequências que são necessárias ser tomadas", concluiu.

Na sequência do ataque, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.

Já hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se "vexado porque Portugal é uma potência, nomeadamente no futebol profissional, e vexado pela gravidade do que aconteceu".