Praias algarvias “engordam” com a tempestade

Não há mais lugar para hotéis em cima das arriba, diz ministro do Ambiente, garantindo que não há casas em perigo de derrocada.

Foto
Matos Fernandes visitou a orla algarvia LUSA/LUÍS FORRA

Mudam os ventos, cresce o areal. A tempestade Felix já repôs cerca de um metro de areias nas praias algarvias, atingidas pelo último temporal. A avaliação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes depois de visitar algumas das zonas emblemáticas do estado em que ficou a orla algarvia. Os estragos, estima a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ficam-se apenas pelos 250 mil euros, em passadiços e outras obras de pequena dimensão.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Mudam os ventos, cresce o areal. A tempestade Felix já repôs cerca de um metro de areias nas praias algarvias, atingidas pelo último temporal. A avaliação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes depois de visitar algumas das zonas emblemáticas do estado em que ficou a orla algarvia. Os estragos, estima a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ficam-se apenas pelos 250 mil euros, em passadiços e outras obras de pequena dimensão.

A tempestade que está a chegar, a Gisela, diz o ministro, ainda transporta melhores perspectivas: “Vamos ter mais meio metro de areia nas praias”, disse. O cenário foi apresentado pelo ministro do Ambiente à imprensa, após ter reunido com os autarcas da região, na Comunidade Intermunicipal do Algarve – Amal. “Vamos fazer uma avaliação depois da Páscoa”, disse, recordando que está a decorrer uma intervenção na Armona (Olhão) e vai decorrer uma outra, ainda antes do Verão na ria de Alvor (Portimão). 

Sobre o futuro da orla costeira, o ministro do Ambiente acha que não há espaço para mais construção no Domínio Público Marítimo. “O último hotel feito à beira-mar já foi feito. Por isso, nós temos mesmo que aliviar a pressão humana”, enfatizou. Das zonas mais críticas que observou no Algarve, o ministro do Ambiente destacou a praia de Faro, onde o mar ameaça romper o cordão dunar. Porém, questionado sobre a responsabilidade de o Estado ter de pagar indemnizações por casas legalizadas, se o mar as derrubar, respondeu: “Não há nenhuma casa que possa vir a cair nos tempos mais próximos, essa questão não se coloca”.