Marcelo defende investigação "mais longe e a fundo" de casos militares

Presidente aborda desafios e dificuldades das Forças Armadas na tomada de posse do Chefe do Estado-Maior-General.

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Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo primeiro-ministro António Costa, na cerimónia de tomada de posse do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro LUSA/MIGUEL A. LOPES

O Presidente da República defendeu nesta quinta-feira uma investigação "mais longe e a fundo" aos casos que envolveram as Forças Armadas nos últimos tempos, como o do desaparecimento de armamento do paiol de Tancos, em 2017. O alerta foi deixado por Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de posse do novo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, no Palácio de Belém, em Lisboa, abordando os desafios e dificuldades da instituição nos últimos anos.

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O Presidente da República defendeu nesta quinta-feira uma investigação "mais longe e a fundo" aos casos que envolveram as Forças Armadas nos últimos tempos, como o do desaparecimento de armamento do paiol de Tancos, em 2017. O alerta foi deixado por Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de posse do novo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, no Palácio de Belém, em Lisboa, abordando os desafios e dificuldades da instituição nos últimos anos.

Sem se referir directamente ao furto de armas em Tancos, em Junho de 2017, falou em "casos" em que o "apuramento pelas estruturas internas" permitiu "identificar omissões, insuficiências, erros estruturais antigos, propor e decidir mudanças imediatas de procedimento, detectar falhas individualizadas, concretas e punidas".

No entanto, não permitiu "identificar cabalmente quem e como agiu, bem como eventual nexo de causalidade", ressaltou Marcelo perante uma sala em que estavam representados todos os chefes militares, Governo e deputados.

"Isso não nos deve fazer desistir, não esperar que se vá mais longe e a fundo", sublinhou. Mais uma vez, o Presidente, que é também Chefe Supremo das Forças Armadas, insistiu nas investigações, "até porque [uma] instância de investigação especializada a si chamou a matéria desde o primeiro momento e, certamente da sua colaboração com a instituição militar, resultará a luz que a todos importa".

"E, antes do mais, importa às Forças Armadas e ao Estado democrático que somos", afirmou, num discurso de pouco mais de dez minutos.