Ucraniana e francês oferecem ouro e recorde à Alemanha

Savchenko e Massot protagonizaram uma final de patinagem livre praticamente perfeita rumo ao primeiro título olímpico.

Fotogaleria

Aljona Savchenko e Bruno Massot terminaram prostrados e ofegantes a coreografia que apresentaram na final de pares livre do torneio olímpico de patinagem artística, na arena de Gangneung. Se queriam ter uma ínfima hipótese de chegar ao título, depois de uma eliminatória menos feliz, tinham de arriscar tudo. E o risco compensou. A dupla que representa a Alemanha não só conquistou a medalha de ouro na especialidade, nos Jogos de Inverno que decorrem na Coreia do Sul, como bateu o recorde do mundo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Aljona Savchenko e Bruno Massot terminaram prostrados e ofegantes a coreografia que apresentaram na final de pares livre do torneio olímpico de patinagem artística, na arena de Gangneung. Se queriam ter uma ínfima hipótese de chegar ao título, depois de uma eliminatória menos feliz, tinham de arriscar tudo. E o risco compensou. A dupla que representa a Alemanha não só conquistou a medalha de ouro na especialidade, nos Jogos de Inverno que decorrem na Coreia do Sul, como bateu o recorde do mundo.

Nem Savchenko, nem Massot nasceram na Alemanha, como os apelidos permitem suspeitar. Ela foi criada e formada na Ucrânia, perto de Kiev, e mudou-se para território germânico em Julho de 2003; ele é natural da cidade francesa de Caen e, depois de um braço-de-ferro com a federação gaulesa, passou a competir sob a bandeira alemã desde Outubro de 2015, sendo-lhe atribuída a nova nacionalidade há menos de três meses.

As perspectivas desta dupla, à partida para a final desta quinta-feira, eram pouco luminosas. Qualificou-se apenas em quarto lugar para o concurso decisivo e precisava de nada menos do que 5,21 pontos de diferença face à dupla chinesa Sui Wenjing e Han Cong para arrebatar a medalha de ouro. Um objectivo que parecia improvável, mas que se foi tornando mais nítido após uma performance brilhante, que valeu à Alemanha nada menos do que 159,3 pontos.

Esta é uma marca que é, simultaneamente, recorde olímpico e mundial na especialidade, e que se sobrepõe a um recorde que já pertencia a Savchenko e Massot: 157,2, alcançado no Grand Prix 2017-18. Os detentores do agora terceiro melhor registo de sempre fecharam o concurso olímpico — que combina o score da patinagem livre com o do programa curto — no segundo lugar (153,08), enquanto a dupla canadiana Meagan Duhamel e Eric Radford se contentou com o bronze (153,3).

“Hoje fiz história. É isso que conta. Eu estava optimista relativamente à final e tudo aconteceu como eu imaginava. É o meu momento. Celebrámos o ano novo juntos e dissemos que 2018 seria o nosso ano”, congratulou-se Aljona Savchenko, que já se tinha sagrado campeã mundial em cinco ocasiões (com Robin Szolkowy como par), mas nunca tinha arrebatado o título olímpico.

Para uma dupla que trabalha em conjunto desde Março de 2014, este é, inequivocamente, o ponto mais alto. “É tempo de voar”, desabafou Massot à entrada para a pista, quando se preparavam para interpretar La Terre Vue du Ciel. Uma coreografia premonitória, perfeita para tocarem o céu.