Espanha conquista pela primeira vez o Europeu

Com uma grande segunda parte na Arena Zagreb, na Croácia, a selecção comandada por Jordi Ribera deu a volta à Suécia

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LUSA/GEORGI LICOVSKI

Com quatro presenças na final de um Europeu, a Suécia nunca tinha perdido; com o mesmo número de jogos decisivos da competição disputados, a Espanha nunca tinha vencido. Ontem, na Arena Zagreb, uma inteligente alteração táctica do seleccionador Jordi Ribera ditou um desfecho inédito para espanhóis e suecos. Após 30 minutos de superioridade nórdica, uma mudança de sistema defensivo da Espanha inverteu o rumo da final e, de forma clara (29-23), “los hispanos” conquistaram o título que lhes faltava.

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Com quatro presenças na final de um Europeu, a Suécia nunca tinha perdido; com o mesmo número de jogos decisivos da competição disputados, a Espanha nunca tinha vencido. Ontem, na Arena Zagreb, uma inteligente alteração táctica do seleccionador Jordi Ribera ditou um desfecho inédito para espanhóis e suecos. Após 30 minutos de superioridade nórdica, uma mudança de sistema defensivo da Espanha inverteu o rumo da final e, de forma clara (29-23), “los hispanos” conquistaram o título que lhes faltava.

Não eram os favoritos e os resultados até à final confirmaram-no, mas contra as expectativas a final do Europeu na Arena Zagreb resultou num frente a frente entre espanhóis e suecos. Com um percurso até à meia-final longe do brilhantismo (dupla desaire contra a Dinamarca e derrota contra a Eslovénia), a Espanha acabou por justificar a vitória na Arena Zagreb pelo competente jogo que fez na meia-final contra a França e pela forma inteligente como conseguiu dar a volta ao resultado no jogo decisivo com os suecos.

Liderada pelo jovem técnico Kristjan Andersson, a Suécia surpreendeu pela forma como chegou à final e com Appelgren em destaque na baliza, e um clássico, mas eficaz, 6:0 defensivo, pareceu na primeira parte da final ter trunfos para 16 anos depois, reconquistar o título europeu. Na frente do marcador desde os cinco minutos, os nórdicos alcançaram rapidamente três golos de vantagem (7-4) e conseguiram manter essa confortável margem até perto do intervalo (14-11). No entanto, tudo mudou nos últimos 30 minutos.

Com a sua selecção em apuros, Jordi Ribera apostou numa defesa mais agressiva e adiantada, e colocou na baliza o experiente Arpad Sterbik, chamada à última hora para substituir o lesionado Pérez de Vargas – o guarda-redes de origem sérvia apenas chegou à Croácia na quinta-feira. Com as alterações, o seleccionador espanhol acertou no jackpot.

Incapaz de contornar a táctica adversária, a Suécia passou a cometer erros sucessivos no ataque e, com turnovers constantes, a Espanha construiu um parcial de 12-2 e colocou os suecos KO. Com a vitória, por 29-23, “los hispanos”, que já tinham dois títulos mundiais no curriculo, quebram a “maldição” dos Europeus após quatro finais perdidas.

No jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar, a França, que apenas perdeu um jogo durante toda a prova, acabou por ter um prémio de consolação que terá sabido a pouco para a selecção de Didier Dinart. Com Nikola Karabatic em evidência (nove golos), “les bleus” foram quase sempre superiores à Dinamarca e asseguraram o último lugar do pódio com um triunfo, por 32-29.

Também ontem terminou em Suwon, na Coreia do Sul, o Campeonato da Ásia e dois jogadores do Sporting estiveram em destaque na vitória do Qatar. Frankis Carol foi eleito o MVP da competição e marcou oito golos na final frente ao Bahrain - vitória dos cataris, por 33-31. O guarda-redes Aljosa Cudic, também jogador sportinguista, foi outro dos atletas utilizados na selecção orientada por Valero Rivera.