Cristas saúda "contas controladas" mas adverte para "austeridade encapotada"

Presidente do CDS-PP reagiu aos dados do défice até Setembro.

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Assunção Cristas diz que há "um incremento dos impostos indirectos" Miguel Manso

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta sexta-feira que é positivo haver "contas controladas", mas reiterou que há "austeridade encapotada" na forma como o Governo atinge um défice que o primeiro-ministro anunciou será abaixo de 1,3%.

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta sexta-feira que é positivo haver "contas controladas", mas reiterou que há "austeridade encapotada" na forma como o Governo atinge um défice que o primeiro-ministro anunciou será abaixo de 1,3%.


"Não é ao acaso que se atingem esses números. Há por um lado um esforço fiscal significativo, com um incremento dos impostos indirectos e com uma carga fiscal que não desceu sobre os portugueses, e, por outro lado, há corte nos serviços públicos com uma degradação evidente da qualidade", defendeu Assunção Cristas.

Apesar de ressalvar que "contas controladas é um aspecto positivo", a líder centrista reafirmou preocupação com o que qualifica de "austeridade encapotada". "Isso preocupa-nos e preocupa-nos, sobretudo, que o Governo queira fazer o discurso de que tudo vai bem, de que tudo está muito bem, quando presenciamos e ouvimos os relatos de muitas áreas onde tudo não está bem", declarou.

Assunção Cristas defendeu que "o défice é relevante, cumprir os objectivos que se estabelecem junto de Bruxelas é relevante, mas também é relevante saber como é que se atingem esses objectivos".

"O que não se pode dizer é que está tudo bem, não está tudo bem, há muita austeridade encapotada", insistiu, saudando a aprovação no Parlamento, na quarta-feira, de projectos de lei para o Governo prestar informação mensal sobre cativações.