Inspecção vai ver se máquinas de venda automática no SNS têm produtos proibidos

Ordem dos Nutricionistas pediu à Inspecção da Saúde que avaliasse se a legislação está a ser cumprida

Foto
direitos reservados

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) vai iniciar este mês uma auditoria aos produtos alimentares vendidos nas máquinas automáticas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), após um pedido da Ordem dos Nutricionistas nesse sentido.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) vai iniciar este mês uma auditoria aos produtos alimentares vendidos nas máquinas automáticas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), após um pedido da Ordem dos Nutricionistas nesse sentido.

Em comunicado, a Ordem anuncia que a IGAS vai fazer uma análise aos produtos vendidos nas 1  751 máquinas de venda automáticas que existem no SNS, para perceber se está a ser cumprida a legislação que limita os produtos prejudiciais à saúde.

Esta fiscalização tinha sido sugerida pela Ordem dos Nutricionistas, depois da legislação que veio impedir a venda de produtos mais prejudiciais à saúde nas máquinas automáticas do SNS, um diploma que entrou em vigorar em Setembro do ano passado mas que na prática só surtiu efeitos em Março deste ano. Passaram a ser proibidos nas máquinas de venda dos serviços públicos de saúde alimentos com teores elevados de açúcar, sal e gorduras trans.

Para a Ordem dos Nutricionistas, “esta inspecção é essencial para verificar se existe, de facto, uma melhoria na oferta de opções alimentares, visando a promoção de escolhas saudáveis”.

Em Julho, a associação de defesa do consumidor Deco divulgou um estudo em que concluiu que mais de metade das 61 máquinas de venda automática de hospitais e centros de saúde analisadas continham alimentos proibidos por lei.