Cinco principais incêndios em Santarém, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Viseu

Das 160 ocorrências registadas pela Protecção Civil, 17 ainda se encontram em curso estando a ser combatidas por 2000 operacionais e 600 meios terrestres.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

A Protecção Civil destacou nesta sexta-feira, pelas 19h, a ocorrência de cinco fogos que lavram nos distritos de Santarém, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Viseu, indicando que foi necessário fazer "defesas perimétricas" para protecção das aldeias e das populações afectadas.

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A Protecção Civil destacou nesta sexta-feira, pelas 19h, a ocorrência de cinco fogos que lavram nos distritos de Santarém, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Viseu, indicando que foi necessário fazer "defesas perimétricas" para protecção das aldeias e das populações afectadas.

"Tem sido uma tarde muito trabalhosa para os bombeiros e para os demais agentes da Protecção Civil, que têm estado empenhados ao longo de todo o dia de sexta-feira nas já cerca de 160 ocorrências que registamos desde a meia-noite de hoje", declarou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, revelando que das cerca de 160 ocorrências registadas, 17 estão ainda em curso, empenhando 2000 operacionais e 600 meios terrestres.

Patrícia Gaspar destacou como ocorrências importantes cinco fogos, um que lavra no concelho de Abrantes, em Santarém, um no concelho da Mealhada, em Aveiro, um no concelho de Cantanhede, em Coimbra, um no concelho de Cadaval, em Lisboa, e outro no concelho de Nelas, em Viseu.

"Temos indicação que foi necessário fazer defesas perimétricas, protecção das aldeias, das pessoas e dos seus bens", declarou a responsável da ANPC, precisando que tal se verificou nos cinco principais incêndios.

No distrito de Santarém, o fogo no concelho de Abrantes "leva já cerca de 48 horas", disse a responsável da ANPC, indicando que apesar do cenário meteorológico desfavorável e das constantes reativações, o cenário deste incêndio apresenta-se "mais estável e mais tranquilo do que tem sido as últimas horas".

Ainda assim, o incêndio em Abrantes "ainda não está numa fase evolutiva", devido ao forte calor e ao vento bastante inconstante, pelo que continua no topo das prioridades da Protecção Civil.

No distrito de Aveiro, o fogo que deflagrou na quinta-feira, pelas 12h30, no concelho de Mealhada sofreu esta quinta-feira uma reactivação, mantendo-se em curso.

Já os incêndios que lavram no concelho de Cantanhede, em Coimbra, no concelho de Cadaval, em Lisboa, e no concelho de Nelas, em Viseu, são ocorrências que surgiram durante sexta-feira, avançou Patrícia Gaspar.

De acordo com a responsável da ANPC, encontram-se no combate aos fogos cerca de 28 grupos de reforço dos corpos de bombeiros, continua a operar o avião marroquino, uma parelha de aviões canadairs de Espanha, dez pelotões militares a colaborar nas acções de vigilância pós-rescaldo, 17 equipas de vigilância de militares e outras equipas que decorrem de protocolos com câmaras municipais.

O forte dispositivo de resposta ao combate dos incêndios em curso tem em consideração "o estado de alerta laranja que se mantém válido para todos os distritos do continente", frisou Patrícia Gaspar.

Em relação ao corte de estradas devido à ocorrência de incêndios, a adjunta de operações da ANPC disse que as auto-estradas A14, na zona de Cantanhede, em Coimbra, e a A3, no concelho da Trofa, no Porto, foram interditadas ao trânsito por questões de segurança.