À descoberta da Amazónia, via Google Earth

O projecto dura há dez anos e permite explorar rios, selvas e povos amazonas através de histórias interactivas, vídeos e experiências de realidade virtual. Tudo no telemóvel ou computador.

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O cineasta brasileiro Fernando Meirelles colaborou com o Google na criação de algumas narrativas Reuters/STRINGER

O Google já permite explorar a floresta da Amazónia, a três dimensões, a partir do telemóvel ou computador. O projecto “Eu sou Amazónia” traz onze novas histórias interactivas disponíveis na Voyager, a plataforma do Google Earth que a empresa lançou em Abril e que permite aos utilizadores fazer uma espécie de visita virtual guiada a determinados pontos do globo.  

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O Google já permite explorar a floresta da Amazónia, a três dimensões, a partir do telemóvel ou computador. O projecto “Eu sou Amazónia” traz onze novas histórias interactivas disponíveis na Voyager, a plataforma do Google Earth que a empresa lançou em Abril e que permite aos utilizadores fazer uma espécie de visita virtual guiada a determinados pontos do globo.  

As personagens principais dos novos capítulos – que incluem vídeos em 360 graus, mapas, e elementos de realidade virtual – são os próprios habitantes da Amazónia que vêem a selva como o seu “lar”. O cineasta brasileiro Fernando Meirelles colaborou com o Google na criação de algumas narrativas.

O projecto é o culminar de dez anos de trabalho com vários povos amazonas, depois do líder de uma das comunidades, os Paiter Suruí, propor uma parceria ao Google. O resultado final, lançado nesta terça-feira, explora a vida de mais de três dezenas de comunidades da região.Uma parceria entre o Google e o Instituto Socioambiental, uma organização brasileira sem fins lucrativos, permitiu ainda a criação de uma espécie de atlas das terras indígenas no Brasil. No total, foram mapeados 472 territórios.

“Ao definir estes territórios indígenas podemos mostrar ao mundo o papel destas comunidades na manutenção da socio e biodiversidade global”, disse Artur Nobre, o conselheiro presidencial da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

O objectivo é recordar as pessoas da importância ambiental, económica e cultural da região. Em comunicado, a empresa recorda que a região que produz 20% do oxigénio na Terra e faz parte do começo da cadeia de distribuição de várias iguarias (como as nozes do Brasil e o açaí que ganhou fama devido às suas propriedades antioxidantes).

“O Google Earth sempre teve o objectivo de trazer a magia do nosso planeta a todos e de uma forma linda, acessível e enriquecedora”, lê-se no comunicado da empresa, que quer inspirar pessoas “curiosas a explorarem, aprenderem e a preocuparem-se com o nosso vasto e frágil planeta”.