Kittel perto da história na etapa “mais tranquila” de sempre de Froome

O líder do Tour manteve a liderança e as distâncias para os rivais. O triunfo na tirada foi para o alemão Marcel Kittel, que ficou a duas vitórias de bater um recorde.

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Marcle Kittel LUSA/ROBERT GHEMENT

O Tour já não tem o eslovaco Peter Sagan, expulso após a quarta etapa por ter provocado com uma cotovelada a queda do britânico Mark Cavendish que, por sua vez, foi forçado a abandonar com uma clavícula partida. Mas a ausência de dois dos mais virtuosos sprinters da actualidade não significa que no pelotão desta Volta a França não haja ciclistas capazes de dar tanto ou mais espectáculo nos finais disputados a velocidades loucas. Prova disso mesmo aconteceu nesta quinta-feira, quando o alemão Marcel Kittel (Quick Step-Floors) venceu ao sprint a sexta etapa da prova, que ligou Vesuol a Troyes, na extensão de 216kms.

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O Tour já não tem o eslovaco Peter Sagan, expulso após a quarta etapa por ter provocado com uma cotovelada a queda do britânico Mark Cavendish que, por sua vez, foi forçado a abandonar com uma clavícula partida. Mas a ausência de dois dos mais virtuosos sprinters da actualidade não significa que no pelotão desta Volta a França não haja ciclistas capazes de dar tanto ou mais espectáculo nos finais disputados a velocidades loucas. Prova disso mesmo aconteceu nesta quinta-feira, quando o alemão Marcel Kittel (Quick Step-Floors) venceu ao sprint a sexta etapa da prova, que ligou Vesuol a Troyes, na extensão de 216kms.

A 90 metros da meta, Kittel “foi apanhado no radar” a pedalar a uma velocidade de 71,17km/h, ligeiramente menos do que tinha feito um pouco antes o francês Arnaud Démare (FDJ), que a 400m da linha de chegada sprintava a 75,04km/h.

O triunfo de Kittel na etapa desta quinta-feira, o seu segundo nesta Volta a França e o 11.º contabilizando todas as suas participações no Tour, deixa-o a apenas duas vitórias de se tornar o ciclista alemão mais vitorioso de sempre na Volta a França, ultrapassando Erik Zabel.

Froome descansado

Os dez segundos de entusiasmo do sprint compensaram uma tirada longa mas plana e sem grandes motivos de excitação.

Apesar de uma fuga protagonizada por três corredores — Perrig Quemeneur (Direct Energie), Frederik Backaert (Wanty-Groupe Gobert) e Vegard Stake Laengen (UAE Team Emirates) — e que chegou a ter uma vantagem a rondar os quatro minutos, o trio não teve sucesso, ainda que tivesse andado mais de duas centenas de quilómetros em fuga, sendo apanhado apenas nos últimos 3000 metros, quando a FDJ, a Quick Step-Floors, a Trek-Segafredo e a Sunweb passaram a controlar a corrida de forma a lançar os seus especialistas em sprint.

Afastado das loucuras dos sprinters manteve-se Chris Froome (Sky), líder da classificação geral e que hoje vai viver o seu 47.º dia vestido de amarelo no Tour. O britânico chegou tranquilamente no meio do pelotão, onde também se encontravam os restantes favoritos ao triunfo na prova.

“Tendo em conta o que falta, não podia ter sido um dia mais relaxado. Nestas jornadas, tentamos abrigar-nos do vento, manter-nos na roda dos colegas e poupar tanta energia quanto possível para os dias difíceis que aí vêm. Não me importava de ceder a amarela a corredores de uma fuga, que não me preocupem na geral, mas não ficaria contente em dá-la a um dos meus rivais”, assumiu o britânico que, acrescentou: “Foi um dos meus dias mais tranquilos de sempre no Tour.”

Na classificação geral, o tricampeão do Tour (2013, 2015 e 2016) tem o seu mais directo perseguidor, o colega, compatriota e amigo Geraint Thomas, a 12 segundos, e o terceiro classificado, o italiano Fabio Aru (Astana) a 14s.

Nesta sexta-feira, Froome terá presumivelmente mais uma etapa de descanso activo, já que a sétima tirada, a ligar Troyes e Nuits-Saint-Georges, no total de 213,5kms, não reserva grandes dificuldades.