Bastonários analisam greve dos farmacêuticos marcada para 18 e 19 de Julho

É a primeira paralisação do sector. Ordem diz estranhar demora na publicação do diploma que cria carreira especial dos farmacêuticos com vínculo ao Estado.

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ANA MARIA COELHO / PUBLICO

A próxima frente de contestação no sector da saúde está marcada para 18 e 19 de Julho, dias em que deverá avançar a greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, reivindica a criação de uma carreira especial reservada aos farmacêuticos com vínculo ao Estado e vai ser analisada esta terça-feira, entre a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que se propõem discutir, além do impacto da paralisação, a actividade farmacêutica no SNS.

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A próxima frente de contestação no sector da saúde está marcada para 18 e 19 de Julho, dias em que deverá avançar a greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, reivindica a criação de uma carreira especial reservada aos farmacêuticos com vínculo ao Estado e vai ser analisada esta terça-feira, entre a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que se propõem discutir, além do impacto da paralisação, a actividade farmacêutica no SNS.

A criação de uma carreira especial reservada aos farmacêuticos com vínculo ao Estado vem sendo reivindicada desde há 20 anos, segundo a Ordem dos Farmacêuticos (OF), que, num comunicado enviado esta segunda-feira, lembra que o país está perante a primeira paralisação do sector. A greve, acrescenta aquele organismo, surge como derradeiro recurso e numa altura em que estão reunidos todos os requisitos legais para a publicação do diploma da carreira.

“A ultima versão da proposta”, precisa a OF, foi publicada no dia 3 de Abril, sendo que as restrições orçamentais não são argumento justificativo do atraso, dado que as negociações para a criação desta carreira “assentaram na neutralidade orçamental, apenas exigindo a regulamentação do internato e consequente abertura de vagas já em 2018".

Apelando a que o Governo cumpra os compromissos assumidos, que foram aceites pelos farmacêuticos apesar de conter “condições penalizadoras” para muitos destes profissionais, a OF lembra que a falta de farmacêuticos nos hospitais “é evidente em todo o país” criando entre estes profissionais “elevada pressão e sobrecarga de trabalho”.