Tancos: Associação de oficiais demarca-se de protesto convocado para Belém

Oficiais estão a ser convocados para uma manifestação que terminará em frente ao Palácio de Belém.

Foto
evr Enric Vives-Rubio

O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, António Costa Mota, garantiu ao PÚBLICO que a associação não se vai juntar ao protesto que está a ser convocado por e-mail, de forma espontânea, por oficiais contrários à exoneração temporária de cinco comandantes para não interferirem na investigação que está em curso na sequência do furto de armamento de guerra em Tancos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, António Costa Mota, garantiu ao PÚBLICO que a associação não se vai juntar ao protesto que está a ser convocado por e-mail, de forma espontânea, por oficiais contrários à exoneração temporária de cinco comandantes para não interferirem na investigação que está em curso na sequência do furto de armamento de guerra em Tancos.

“Independentemente de concordar ou não, é uma questão interna do Exército. É uma decisão legal e legítima. Podemos concordar ou não, mas não nos manifestamos. Se as razões são essas, nunca nos poderíamos associar a um acto desses”, disse ao PÚBLICO.

António Costa Mota sublinha que não está em causa uma condenação dos oficiais que se juntarem ao protesto, mas que a associação demarca-se do acto.

Segundo noticiou o Expresso esta segunda-feira, os oficiais do Exército estão a ser convocados por e-mail para um protesto, na quarta-feira, junto ao Monumento aos Mortos, em Belém, Lisboa. Dali, os oficiais seguem em marcha silenciosa, fardados, até à residência oficial do Presidente da República, comandante supremo das Forças Armadas por inerência de funções, onde deverão depositar as suas espadas, num acto simbólico de protesto.

Não é comum um protesto de oficiais fardados. No e-mail, a acção é justificada com o facto de estarem "em causa valores e o bom nome" dos comandantes afastados após o furto em Tancos, "arrastados pela lama por chefes militares que há muito já deveriam ter sido demitidos", lê-se na mensagem citada pelo Expresso.