Portugal regressou à fórmula do Euro 2016 e aos empates

Na estreia na Taça das Confederações, a selecção nacional esteve duas vezes em vantagem, mas deixou escapar a vitória frente ao México nos descontos

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Reuters/DARREN STAPLES

O filme não é novo, mas pode ser um bom prenúncio para a primeira participação de Portugal na Taça das Confederações. No dia em que se cumpriu um ano que a selecção nacional somou o segundo empate no Euro 2016 (0-0 contra a Áustria), Fernando Santos abdicou de André Silva, recuperou a táctica utilizada em França, e o resultado voltou a ser uma igualdade (2-2). Na Rússia, Portugal esteve duas vezes em vantagem – golos de Ricardo Quaresma e Cédric -, mas permitiu que o México, nos descontos, chegasse ao empate.

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O filme não é novo, mas pode ser um bom prenúncio para a primeira participação de Portugal na Taça das Confederações. No dia em que se cumpriu um ano que a selecção nacional somou o segundo empate no Euro 2016 (0-0 contra a Áustria), Fernando Santos abdicou de André Silva, recuperou a táctica utilizada em França, e o resultado voltou a ser uma igualdade (2-2). Na Rússia, Portugal esteve duas vezes em vantagem – golos de Ricardo Quaresma e Cédric -, mas permitiu que o México, nos descontos, chegasse ao empate.

A 18 de Junho de 2016, no Parque dos Príncipes, Portugal somou o segundo empate consecutivo no Europeu, iniciando uma irresistível atracção por igualdades que, apesar das críticas, conduziu a selecção ao maior sucesso da história do futebol português. A vitória em França parecia, no entanto, ter sido um ponto de viragem nas ideias de Fernando Santos. A ascensão de André Silva no FC Porto abriu as portas da selecção ao jovem avançado, que rapidamente mostrou formar uma dupla de sucesso com Cristiano Ronaldo: nos cinco jogos em que actuaram juntos, marcaram 17 dos 22 golos de Portugal.

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Porém, no regresso aos grandes palcos, e com um jogo de grau de dificuldade mais elevado, Santos regressou à fórmula antiga. Usando a cábula utilizada um ano antes, o seleccionador decalcou a equipa utilizada contra a Áustria, com duas alterações irrelevantes tacticamente: Vieirinha e Ricardo Carvalho cederam os lugares a Cédric e José Fonte. A aposta numa equipa composta por campeões europeus, sem o toque da irreverência que a juventude de André Silva e Gelson Martins trouxe à selecção portuguesa, revelou-se, no entanto, falhada. Perante um México competente, mas acessível, Portugal exibiu um futebol enfadonho e pouco consequente ofensivamente. Com Nani fora de forma, Ronaldo tornou-se uma presa mais fácil para os mexicanos e apenas Quaresma foi conseguindo, a espaços, criar perigo.

Com os jogadores ligados a Portugal no “onze” (Reyes, Herrera, Layún e Jiménez), o México mostrou ambição. Com um trio de ataque de qualidade (Chicharito, Vela e Jiménez), os mexicanos dominaram na parte inicial: Portugal fez o primeiro remate aos 17’. Pouco depois, Pepe marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo após recurso ao vídeoárbitro. A partir dai, a selecção nacional melhorou. Aos 33’, Ochoa evitou que Salcedo marcasse na própria baliza, mas no minuto seguinte, Portugal chegou à vantagem. Aproveitando uma falha da defesa mexicana, Ronaldo entrou na área, não foi egoísta, e serviu Quaresma, que, com classe, inaugurou o marcador. Com o golo, a partida animou, surgiram oportunidade para ambos os lados, mas foi o México que empatou: após uma falha de Raphael Guerreiro, Vela colocou na área e Chicharito fez o 1-1.

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Tal como tinha acontecido no início da partida, Portugal entrou mal na segunda parte e, após 15 minutos entediantes, Fernando Santos reagiu trocando Nani e Moutinho por Gelson e Adrien. Quase em simultâneo, Vela saiu no México. Com as alterações, o jogo mudou, mas apesar de Portugal ter mais bola, continuava sem conseguir criar perigo. Até que, aos 82’, surgiu André Silva. Três minutos depois de entrar, o reforço do AC Milan quase marcou – grande defesa de Ochoa -, mas no minuto seguinte, Portugal colocou-se novamente em vantagem: com uma preciosa ajuda de Herrera, Cédric fez o 2-1. A equipa portuguesa estava claramente melhor, Gelson quase fez o terceiro, mas com uma fiabilidade defensiva bem diferente (para pior) da que se viu no Euro 2016, Portugal fraquejou: após um canto, Moreno ganhou nas alturas a Fonte e fez o 2-2 final.